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Agro
Quinta, 23 de novembro de 2017, 08h35

Central Juruá recebe selo de Indicação Gegráfica da Farinha de Cruzeiro do Sul


A Central de Cooperativas do Juruá recebe, nessa sexta-feira, 24 de novembro, o selo de Indicação Geográfica da Farinha de Cruzeiro do Sul. A solenidade será realizada no auditório do Instituto de Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac), em Cruzeiro do Sul (AC) a partir das 8 horas.

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A ação faz parte do Seminário de Divulgação do Selo de Indicação Geográfica da Farinha de Cruzeiro do Sul, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AC), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e demais parceiros.

O representante do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), André Balousier, fará a entrega solene do selo para o presidente da Central de Cooperativas do Juruá, o produtor rural Germano Silva. “Um dos grandes ganhos da Indicação Geográfica é a possibilidade de construir relações comerciais mais sólidas e um mercado mais justo para a farinha que produzimos”, afirma.

Durante 10 anos a Embrapa e o Sebrae, em parceria com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Secretaria Agroflorestal de Produção Familiar (Seaprof), entre outras instituições governamentais, atuaram em ações para atestar a qualidade e características diferenciadas do produto, com o objetivo de auxiliar os produtores rurais no processo de obtenção da Indicação Geográfica (IG).

Segundo a pesquisadora da Embrapa Acre, Joana Souza, uma das coordenadoras dos estudos, o trabalho de pesquisa mostrou que a farinha de Cruzeiro do Sul é produzida de forma artesanal, com base em conhecimento tradicional. “Esse saber fazer particular, traduzido no zelo e dedicação dos agricultores nas diferentes fases do processamento da mandioca, associado ao uso de variedades tradicionais, plantadas desde a época de seus antepassados, confere qualidade, crocância e sabor únicos ao produto”, destaca.

Para a analista do Sebrae Murielly Nóbrega, gestora do projeto “Cadeia de valor da mandiocultura”, o trabalho institucional integrado é essencial para fortalecer a organização social dos agricultores, ampliar a capilaridade dos benefícios da Indicação Geográfica e garantir a manutenção do selo. Como resultado desse esforço coletivo, 36% dos produtores associados inativos retornaram às associações de classe e estão adequando a produção para uso da IG. “Também apoiamos a implantação do sistema de nota fiscal eletrônica nessas entidades, o desenvolvimento de um programa de identidade visual para a farinha de Cruzeiro do Sul e a elaboração de plano de negócios e prospecção de mercados, iniciativa que já possibilitou a assinatura do primeiro contrato mensal de comercialização do produto pela Central Juruá”, destaca.

Visita técnica

A programação do seminário conta ainda com visita técnica à casa de farinha do produtor rural Rosemir de Queiroz, em Mâncio Lima. O objetivo é mostrar para as autoridades participantes as etapas da produção de farinha e a importância da adoção das boas práticas no processo. A saída será às 14 horas na Central Juruá, no centro de Cruzeiro do Sul.

Indicação Geográfica, um reconhecimento

A Indicação Geográfica constitui uma estratégia de valorização de produtos tipicamente regionais. A farinha de Cruzeiro do Sul, produzida nos municípios de Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Valter, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul por comunidades rurais e indígenas é o primeiro derivado da mandioca com Indicação Geográfica no Brasil.

No Vale do Juruá, as casas de farinha são estruturas compartilhadas por diversas famílias na realização da “farinhada”, como é conhecido o processo de elaboração da farinha de mandioca. De acordo com estimativas da Seaprof, a produção mensal de farinha na região é de 100 sacas de 50 quilos por unidade produtiva. Boa parte dessa produção é comercializada com outros estados.

 




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