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Agro
Quarta, 20 de dezembro de 2017, 07h04

Fazenda em área de conservação recebe fossa séptica biodigestora


A parceria entre a Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) e a Prefeitura Municipal de Campinas tem resultado em ações para a adequação do esgotamento sanitário na região sul do município, onde 80% dos moradores não têm saneamento básico. Iniciado há seis meses, o trabalho conjunto já possibilitou a instalação de 33 unidades da fossa séptica biodigestora. A 34ª tecnologia será instalada nesta quinta-feira (21), a partir das 8h30, na fazenda Santa Helena, Área de Proteção Ambiental (APA) no distrito de Joaquim Egídio.

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A instalação da tecnologia vai ocorrer durante a “3ª Oficina de Instalação e Operação de Sistemas de Tratamento de Esgoto Sanitário para Áreas Rurais”, promovida pela Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável com o apoio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Sindicato Rural de Campinas e Região, além do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA Águas).

O dia de campo prevê conteúdo teórico e atividade prática. Antes da instalação da fossa séptica biodigestora, às 9h30, representantes da Prefeitura Municipal apresentam o Programa de Saneamento Rural Sustentável (PSRS), instituído pelo Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), cuja execução teve início este ano. Os técnicos ainda vão explicar o funcionamento de biodigestores comerciais, que também estão sendo instalados nas propriedades rurais.

As tecnologias sociais - fossa séptica biodigestora, destinada ao tratamento do esgoto doméstico, e do jardim filtrante, tecnologia para tratar as chamadas águas cinzas, como as de pias, tanques e chuveiros – serão abordadas pelo analista da Embrapa Instrumentação, Carlos Renato Marmo. “Os sistemas rudimentares contaminam o lençol freático e trazem riscos à saúde da população”, alerta Marmo, que é também supervisor do Setor de Gestão da Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia.

Desde junho, quando o PSRS começou a ser executado, com a instalação de tecnologias para o esgotamento sanitário, 49 domicílios já foram beneficiados, contemplando a instalação de 33 fossas, modelo desenvolvido pela Embrapa Instrumentação, além de 15 biodigestores – uma espécie de miniestação de esgoto residencial, padrão comercial - e capacitação de mais de 40 produtores.

Segundo o coordenador de Planejamento e Gestão Ambiental do Departamento do Verde e Desenvolvimento Sustentável da prefeitura de Campinas, Geraldo Ribeiro de Andrade Neto, já foram investidos quase R$ 60 mil na aquisição das primeiras 34 unidades da fossa séptica biodigestora. O recurso é oriundo do Termo de Ajuste de Conduta que a Prefeitura Municipal cumpre por determinação do Ministério Público, visando a execução de ações de proteção ao meio ambiente.

“Estamos licitando para o ano de 2018 mais 100 unidades da fossa séptica biodigestora, que deverão ser instaladas com recursos do Fundo de Recuperação, Manutenção e Preservação do Meio Ambiente (Proamb), visando o esgotamento sanitário das propriedades rurais inscritas no PSA Águas”, diz o coordenador.

A prefeitura ainda prevê a instalação de 11 unidades do jardim filtrante, também desenvolvido pela Embrapa Instrumentação e destinado ao tratamento da chamada água cinza, proveniente de chuveiros, pias e tanques, e mais 40 biodigestores, padrão comercial.

APA

A fossa séptica biodigestora será instalada na propriedade de 91 hectares de Eduardo Campos Anhaia Leite, onde o produtor cultiva eucaliptos e desenvolve pecuária bovina. A fazenda está localizada em Área de Proteção Ambiental com 22.300 hectares e é cortada pelos Rios Jaguari e Atibaia, sendo este último responsável pelo abastecimento de 95% da população de Campinas.

Mais de 2.500 pessoas, residentes em 686 domicílios, habitam a região, que inclui os distritos de Sousas e Joaquim Egídio, além dos bairros Núcleo Carlos Gomes, Chácaras Gargantilha e Jardim Monte Belo.




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