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Agro
Domingo, 29 de abril de 2018, 13h42

Diversidade biológica das abelhas sem ferrão e seu papel na polinização são destacados em encontro


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No dia 20 de abril, durante a Feira “Pé na Roça” do projeto “Sexta na Estação: Saberes e Sabores” da Rede de Agroecologia da Universidade de Campinas (Unicamp), no Cis-Guanabara em Campinas, SP, os pesquisadores da Embrapa Kátia Braga e Ricardo Camargo realizaram a oficina “Abelhas sem Ferrão e a integração com Sistemas Agroecológicos de Produção”.

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Para a oficina, além de duas palestras, os pesquisadores prepararam com o apoio da Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo (Amesampa), uma exposição com vários materiais informativos para a criação das Abelhas sem Ferrão (ASF). Além disso, foram expostas algumas “colmeias de observação”, trazidas pelo meliponicultor Estanislau Caetano Missio, diretor da Amesampa, onde o público teve a oportunidade de observar, por meio de vidros instalados nas colmeias, o ambiente interno de colônias “vivas” de diversas espécies de abelhas sem ferrão.

Uma pequena amostra de méis de diversas espécies, que puderam ser degustados pelo público, também foi apresentada e segundo o pesquisador Ricardo Camargo, “eventos como esse e com essa formatação são uma ótima oportunidade de se trazer a um público, que ainda desconhece esse produto tão especial, os méis das ASF, sua diversidade e riqueza de sabores, aromas e sensações”.

Durante as palestras, os pesquisadores, que desenvolvem pesquisas com as abelhas sem ferrão e agroecologia na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), apresentaram essa temática tão rica, ressaltando a diversidade biológica desse grupo de abelhas nativas de nosso país e o papel fundamental que esses importantes agentes polinizadores desempenham na natureza e para a produção de alimentos.
Além disso, destacou-se o papel que os sistemas agroecológicos de produção podem realizar na conservação dessa diversidade de abelhas e seu enorme potencial para a integração com a criação racional das abelhas sem ferrão, denominada de “Meliponicultura”, que também foi apresentada, com todo seu aspecto histórico e atual, como uma das atividades produtivas que mais vem despertando interesse do público em geral.

A exposição realizada após as palestras teve o objetivo de criar um ambiente de maior interação com o público, possibilitando o contato mais direto e pessoal dos participantes com os pesquisadores e meliponicultores, dando a oportunidade para um aprofundamento de alguns aspectos de maior interesse. Além dos “saberes”, a exposição também possibilitou “sabores” uma vez que ela estimulou todos os sentidos: o público pode manusear os materiais, visualizar belíssimas imagens das diferentes espécies de ASF, a diversidade de seus ninhos e de suas entradas, expostas em forma de banners e fotos, vislumbrar as abelhas vivas, além de provar amostras de méis maravilhosos, explica Kátia.

Os pesquisadores entendem ser de fundamental importância, diante de um modelo agrícola de produção de alimentos, que se mostra cada vez mais insustentável e gerador de graves impactos, tanto ambientais, como sociais, inclusive na saúde humana, divulgar conhecimentos, produtos e processos, relacionados com os sistemas agroecológicos de produção, como os sistemas agroflorestais e a própria Meliponicultura e esse verdadeiro patrimônio de nossa biodiversidade, que são as abelhas sem ferrão, que como atividades produtivas verdadeiramente sustentáveis, permitem aliar a geração de renda, com a produção de alimentos saudáveis e seguros e a restauração e conservação da natureza, obtendo-se assim os inúmeros benefícios que ela gera para a vida e o bem-estar humano.




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