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Agro
Quarta, 10 de outubro de 2018, 05h38

Em 3 anos, plantio de soja cresce 3.112% em Alagoas


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?"Saimos de uma área de 50 hectares, 2015, para 1.551 ha em 2018". Foi o que declarou Hibernon Cavalcante, coordenador da Comissão Estadual de grãos do governo de Alagoas, durante Visita Técnica em Porto Calvo (AL) onde a Embrapa Tabuleiros Costeiros apresentou aos produtores e gestores públicos o potencial da cultura da soja, também válida para Sergipe e norte da Bahia, região hoje conhecida como Sealba.

A visita técnica aconteceu na fazenda Surubana, em 3 de outubro último, no município de Porto Calvo (AL)."Ensaios de campo têm apresentado resultados de produtividade surpreendentes", afirmou o pesquisador Sérgio Procópio, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, ao constatar os resultados dos últimos cinco anos nos experimentos de diversas variedades de soja da Embrapa.

"Existe a tendência de expandir a cultura da soja em Alagoas. A medida que o produtor planta soja em rotação de cultura com a cana-de-açúcar, tem-se incorporação de nitrogênio, matéria orgânica, e resultados melhores, nos próximos três anos, para a cultura da cana", complementou Hibernon Cavalcante Albuquerque que é também superintendente de desenvolvimento agropecuário da Seagri-AL. "Tem vários produtores que plantaram milho esse ano e para o ano que vem já está se programaram para a rotação de cultura com a soja", disse ele.

Com a percepção desse grande potencial, diversos produtores alagoanos têm apostado na produção de grãos como alternativa de diversificação para driblar a crise do setor canavieiro. É o caso de Sérgio Papini, proprietário da fazenda Surubana, onde ocorreu a Visita Técnica e abriga experimentos de soja da Embrapa que, nos últimos três anos, começou a produção com 55 hectares e e hoje tem 210 ha. "Tivemos resultados extraordinários", disse Papini.

Em 2016, ano seco, Papini obteve 59 sacas/ha. No ano seguinte, chuvoso, obteve 60,1 sacas/ha. "Neste ano, pretendo colher entre 61 a 70 sacas/ha", disse ele.

Sérgio Papini prevê que, com o recente aumento da área destinada à soja, talvez não obtenha lucro este ano, devido aos investimentos em melhoramento do solo, plantio direto e plantio do capim braquiária. O pesquisador Sérgio Procópio explica que, no primeiro ano de cultivo de soja, a produção é menor devido à compactação do solo, queimas e trânsito de máquinas pesadas durante os plantios anteriores de cana-de-açúcar.

O clima é de otimismo. "Com os dados apresentados, mostramos ao produtor, com segurança de realizar a transição para soja e não se limitar a cana sobre cana como acontece há várias centenas de anos aqui em Alagoas", complementa Hibernon.

A Visita Técnica em Porto Calvo teve o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas (Seagri), por meio da Comissão de Grãos, em parceria com o Sebrae/AL e a Federação da Agricultura do Estado (FAEAL), com apoio técnico da Embrapa Tabuleiros Costeiros.

A próxima atividade visando a expansão da soja na região do Sealba será no município de Nossa Senhora das Dores, Sergipe, no campo experimental da Embrapa, dia 11 de outubro próximo, onde os pesquisadores Sérgio Procópio e Edson Patto mostrarão os resultados de pesquisa da soja na região, em rotação de cultura com milho e braquiária, com plantio direto, em um ano seco, mostrando um comparativo dessa tecnologia com o plantio convencional.




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