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Agro
Quarta, 17 de outubro de 2018, 08h59

Arena tecnológica reúne Embrapa, Exército e empreendedores no IME


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Uma arena tecnológica para apresentar demandas da Embrapa e do Exército foi realizada, dia 9 de outubro, no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro. O tema abordado foi a utilização de fibras naturais com duas vertentes tecnológicas diferentes: uso na produção de vestimentas militares de proteção (coletes) e na produção de embalagens de alimentos, visando evitar perdas e desperdício de frutas e hortaliças.

Segundo o gerente da Área de Grandes Empreendimentos do Sebrae – Rio de Janeiro, Renato Regazzi, a finalidade da arena é aproximar micro, pequeno e médio empreendedores a centros tecnológicos onde estão os pesquisadores. “Inovação é o que o mercado de fato utiliza, e ele só vai utilizar se houver a figura do empreendedor, então é preciso inseri-lo no processo visando transformar pesquisa e desenvolvimento em inovações”.

Sobre a participação do Exército e da Embrapa no encontro, levou-se em consideração que a área de Defesa é alavancadora de outras cadeias produtivas. “Muitas inovações nasceram nesta área. Já a parceria com a Embrapa se dá em função da importância estratégica das suas pesquisas para o Brasil, inclusive graças às pesquisas da Empresa, o Brasil é considerado hoje uma das potências no agronegócio”, diz Renato.

Para o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), Fernando Teixeira é sempre importante ter a proximidade com o empresário, pois fazem perguntas reais e de utilização prática sobre custos, benefícios, vantagens. “Isso é bom, pois nos ajuda a pensar mais nos produtos que resultam das pesquisas”.

“Esperamos que essa arena faça a integração de interesses comuns entre os que estão na área de pesquisa, o IME, no caso do Exército, e a Embrapa, para que a indústria, representada pelos empreendedores presentes, possa se interessar por um produto final, que venha a melhorar a qualidade de vida da sociedade”, acrescenta o general Décio dos Santos Brasil, que é chefe do escritório do Sistema Defesa, Indústria e Academia (SISDIA) no Rio.

Embrapa e fibras
O pesquisador da Embrapa, Antonio Gomes, fez uma apresentação na qual demonstrou a utilização de fibras para o desenvolvimento de embalagens que visam à redução de perdas e desperdício de frutas e hortaliças, que atualmente chegam a 30% e 35%, respectivamente. Segundo dados da FAO, a Agência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, cerca de um terço de todo o alimento produzido no mundo é perdido ou desperdiçado, o que gera em torno de 750 bilhões de dólares de prejuízos anualmente.

A embalagem adequada é uma das soluções para evitar perdas e desperdício de alimentos. A Embrapa, junto com o Instituto de Macromoléculas (IMA) da UFRJ e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), desenvolveu embalagens para morango, manga, mamão e caqui e a tecnologia pode ser imediatamente repassada ao mercado. “Também já temos conhecimento para desenvolver embalagens para outros produtos. Podemos baratear o custo disso com tecnologias mais modernas como o uso de impressora 3D, que custa menos que o molde, para pequenos produtores ou pequenas associações. Tem uma série de coisas em que podemos trabalhar e viabilizar para o mercado”, informa o pesquisador.

 




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