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Agro
Quinta, 22 de novembro de 2018, 08h59

Embrapa apresenta soluções para o setor agroindustrial em rodadas de negócios


A Embrapa apresentou um portfólio com mais de 50 soluções tecnológicas para empresas privadas do setor agroindustrial e instituições como Sebrae, Ematerce, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, sindicatos rurais,Câmara Setorial de Floricultura do Estado, dentre outras, durante o IV Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial, ocorrido no Sebrae de Fortaleza (CE) nos dias 7 e 8. “O principal valor dessas rodadas é fazer a conexão entre a Empresa e os diversos atores das cadeias produtivas, e apresentar os ativos que podem chegar até a sociedade como um todo”, avaliou Vitor Mondo, chefe da Secretaria de Inovação e Negócios (SIN).

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Durante as rodadas, 15 empresas conheceram as principais novidades da pesquisa agropecuária para os segmentos de Alimentos, Biológicos, Biotecnologia Industrial, Plantas Ornamentais e Cactáceas e Nanotecnologia. Para José Luis Prado, diretor da Itaueira, empresa de frutas tropicais da região, as rodadas são um bom espaço para pequenos e médios empreendedores conhecerem novidades tecnológicas e estudarem possibilidades de parceria e negócios com a Embrapa.

De acordo com Lívia Junqueira, supervisora de Desenvolvimento de Mercados da SIN, as rodadas estimulam a possibilidade de a Embrapa fechar negócios com grandes empresas das áreas de plantas ornamentais, alimentos e biotecnologia. “Consideramos esse resultado bastante positivo, uma vez que essas empresas ainda não mantinham relacionamento com a Embrapa, e que essas parcerias podem se ampliar para incluir outros ativos disponíveis na Empresa”.

Os ativos

Novos materiais de banana e abacaxi que podem ser usados como flor de corte, para cultivo em vaso ou paisagismo, assim como cactáceas de vaso e para decoração, foram algumas das novidades mostradas no segmento Ornamentais e Cactáceas.

No segmento Nanotecnologia, as principais soluções foram diversas nanopartículas à base de biopolímeros e nanoemulsões à base de óleos vegetais e animais. Com relação aos Biológicos, quatro soluções foram conhecidas pelas empresas: bioestimulantes de plantas como isolado de rizobactéria Pseudomonas sp., formulação de liberação lenta para controle de pragas à base de lignina Kraft e semiótico, bactérias promotoras de crescimento vegetal voltadas ao mercado de bananeiras e feromônio comercial para controle do gorgulho de banana.

Na área de Biotecnologia Industrial, os principais destaques foram a cana-de-açúcar geneticamente modificada para maior digestibilidade da parede celular visando melhorar seu pré-tratamento em processos de obtenção de biocombustíveis; novas estirpes de fungos filamentosos produtores de complexo enzimático eficiente para hidrólise de cana pré-tratado por explosão a vapor; cepas de microalgas capazes de produzir biomassa com alta produtividade; efluentes como vinhaça e CO²; as cepas halófitas produtoras de betacaroteno; além de processos fúngicos e enzimáticos de destoxificação e enriquecimento de biativos em tortas de sementes de algodão para alimentação animal.

As soluções apresentadas nas rodadas de negócios têm aplicações tecnológicas diversas e foram desenvolvidas pelas Unidades: Embrapa Agroenergia, Embrapa Meio-Norte, Embrapa Semiárido, Embrapa Agroindústria Tropical, Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Clima Temperado e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Contribuições da bioeconomia para nichos de mercado

No segundo dia do evento, o tema foram as contribuições da bioeconomia para o mercado agropecuário e agroindustrial de nichos. O secretário Vitor Mondo ressaltou as relações da bioeconomia para pequenos, médios e grandes produtores e sua magnitude em termos de atuação. “O que realmente caracteriza a bioeconomia é a economia baseada em sistemas biológicos, a exemplo dos alimentos biofortificados, bioprodutos, biopolímeros, biofármacos”, explicou.

Agregar valor a produtos de forma a aguçar as emoções, os sentimentos e o prazer do consumidor ou mesmo resgatar tradições culturais a partir de produtos alimentares locais foram alguns exemplos apresentados pela chef Ana Maria Ruiz Tomazoni, da Escola Sabor e Saber Gastronomia (SP). Ela lembrou a relação entre o alimento que consumimos e nossas escolhas de vida, bem como as possíveis formas de estimular nichos de mercados na área gastronômica. “Quando falamos de saudabilidade falamos de comida de verdade, ou seja, de alimentos naturais que consumimos no nosso dia a dia e, portanto, do que está vinculado ao prazer de comer”, destacou.

Já o pesquisador José Luiz Mosca, da Embrapa Agroindústria Tropical, representante da Empresa na Câmara Setorial de Floricultura, apontou que o setor de flores de corte do Ceará tem migrado cada vez mais para a área de decoração e de plantas em vasos e, não por acaso, com o uso de embalagens que também apelam para o sentimento e a emoção dos consumidores, mostrando-se, portanto, como uma tendência de mercado.

O representante do Sebrae, Victor Ferreira, explicou que o engajamento produtivo é uma forma de se trabalhar a bioeconomia, assim como a rastreabilidade e a certificação de produtos em alguns nichos de mercado, uma vez que indicam sustentabilidade e agregação de valor.

Nanopigmentos magnéticos para tatuagens removíveis

Desenvolver pigmentos com aplicação específica em tatuagens feitas no corpo humano e que possam ser removidas foi o que levou o Laboratório de Nanotecnologia da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a empresa Tecsinapse a firmarem parceria em 2016. Esse trabalho, que tem como base os princípios da química verde e o uso de sistemas nanoestruturados magnéticos, foi apresentado como um caso de sucesso no workshop pelos pesquisadores da Embrapa Luciano Paulino Silva e da empresa parceira Cinthia Bonatto e Paulo Milreu.

O trabalhou evoluiu nos últimos 22 meses para uma paleta com 50 cores. Além disso, conforme explica Cinthia Bonatto, “o objetivo inicial do trabalho se ampliou e mostrou a possiblidade de uso desses nanopigmentos para outras aplicações, como rastreabilidade na cadeia de frios e em diversos setores como pecuária, indústria têxtil, de fármacos e também na área biomédica”.




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