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Agro
Domingo, 18 de agosto de 2019, 19h46

Bagaço da cana deve elevar demanda por fertilizantes em cerca de 80%


A aplicação da palha da cana na produção de bioenergia (eletricidade ou etanol de segunda geração) pode elevar a demanda por fertilizantes na cultura de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil em até 80% até 2050.
É o que aponta estudo realizado pelo Departamento de Ciência do Solo, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

A palha tem um papel muito importante para sustentar diversas funções do solo e serviços ecossistêmicos associados, incluindo ciclagem de nutrientes e produtividade das culturas”, lembra Maurício Cherubin, autor do estudo publicado no periódico Bioenergy Research.

A pesquisa avaliou o impacto de cinco cenários de remoção de palha (S1-S5) em diferentes intensidade de remoção (sem remoção – 0%; baixa – 25%; moderada – 50%; e total – 100%. Segundo os pesquisadores, os resultados revelaram que a exportação potencial de nutrientes via palha atingiu, em média, 69 kg/ha de N, 7 kg/ha de P e 92 kg/ha de K por ano, representando um custo adicional com fertilizantes de US$ 90 por hectare.

A análise dos cenários indicou que o consumo de fertilizantes NPK pela cultura da cana-de-açúcar na região Centro Sul do Brasil tem aumentado na taxa de 46,5 mil toneladas por ano nos últimos 30 anos, totalizando 1,75 milhões de toneladas em 2016, o que representa 11,6% do consumo total de fertilizantes no país”, explica Cherubin.

De acordo com a pesquisa, se mantivermos essa mesma tendência, o consumo de fertilizantes pela cana-de-açúcar crescerá cerca de 80% em 2050, mesmo sem remoção de palha.

No entanto, se os nutrientes exportados via palha forem corretamente repostos, este consumo em 2050 será muito maior, representando incremento adicional de 14 e 28% nos cenários de remoção menos intensivos (S1 e S2)”, pondera Cherubin.

No caso da adoção do cenário mais drástico (remoção total – S5), a pesquisa aponta que o consumo de fertilizantes fosfatados poderá aumentar 25%, enquanto que o consumo de fertilizantes nitrogenados e potássicos mais do que duplicará (126% e 147%) no Centro-Sul do país.

 




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