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Agro
Terça, 22 de fevereiro de 2011, 01h47
Brasil

Safra 15% maior faz Porto de Paranaguá reforçar logística de atendimento


 

Medidas incluem manutenção de todos os equipamentos do corredor de exportação, além de melhorias que estão sendo realizadas no pátio de triagem. (Foto: APPA)

Representantes da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar, da Ecovia e da Claspar participaram de uma reunião na sede da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em Paranaguá, para tratar das ações integradas para atendimento da safra de grãos 2011. De acordo com Paulinho Dalmaz, diretor técnico da Appa, o objetivo da reunião foi unificar esforços para garantir uma safra tranquila, evitar filas e aumentar a segurança dos caminhoneiros.

“Nossa expectativa é de que a safra este ano seja de 13 a 15% superior à do ano passado. Já começamos o ano com aumento de 55% na exportação de granéis e esta tendência deve se manter”, disse. Para atender esta demanda, disse o diretor, a Appa já está tomando providências. A primeira delas foi a realização da dragagem de manutenção dos berços de atracação, que permitirá que os navios operem com carga plena no porto nesta safra. Outra medida, segundo Dalmaz, foi a manutenção de todos os equipamentos do corredor de exportação, além de melhorias que estão sendo realizadas no pátio de triagem.

O comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar da Paranaguá, tenente-coronel Flávio José Correia, disse que uma das ações prioritárias da PM será intensificar o policiamento noturno. “Garantir o desembarque seguro dos caminhões nos terminais durante a noite é essencial para evitar filas. A PM vai dar este suporte e trabalharemos com uma logística diferenciada para esta safra, de modo a atender as necessidades levantadas durante a reunião”, disse. A PM lança a Operação Safra no próximo dia 10 de março.

A concessionária Ecovia, que administra o trecho da BR-277 que liga Curitiba a Paranaguá, também participou da reunião. Segundo o coordenador de operações da empresa, Marcelo Belão, a Ecovia vai intensificar a comunicação com os caminhoneiros, entregando material informativo especial para a safra, com dicas de segurança e também de ações para evitar formação de filas.

“Vamos coordenar ações com todos os órgãos envolvidos para que o escoamento da safra este ano seja tranquilo e com poucos incidentes”, disse. Belão informou que a média diária de caminhões rumo a Paranaguá já está na casa dos 3,5 mil e, durante a safra, este número deve saltar para 6 mil caminhões/dia.

PÁTIO – O pátio de triagem do Porto de Paranaguá está passando por reformulações para melhor receber a safra. Estão sendo instalados mais guichês para recebimento dos caminhões, recapagem e concretagem de algumas vias, além de melhora na infraestrutura de apoio aos caminhoneiros, como banheiros novos e área de recepção. A expectativa é que, durante a safra, cerca de 1.500 caminhões cheguem ao pátio por dia.

Para evitar filas e garantir o fluxo logístico, a Appa adota um sistema de ordenação do escoamento da safra agrícola. O “Carga On-line” é um sistema que faz o gerenciamento do fluxo logístico dos veículos até o porto, estabelecendo quotas diárias de recebimento de caminhões e vagões para cada terminal/operador, dimensionando os fluxos e evitando filas.

Toda a carga de grãos destinada ao Porto é cadastrada on-line ainda na origem e o caminhão só é liberado para seguir viagem até Paranaguá quando há espaço em armazém para recebimento da carga e navio aguardando para embarcar o produto. No pátio entram apenas os caminhões carregados com grãos (soja, milho e farelo). Caminhões com contêineres, cargas congeladas e granéis líquidos, por exemplo, seguem direto para os armazéns e terminais.

CLASSIFICAÇÃO – Para dar agilidade ao atendimento da safra, a Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) está aumentando seu efetivo de trabalhadores. É a Claspar quem inspeciona toda a carga de soja e milho que chega ao Porto de Paranaguá.

De acordo com João Neto do Prado Souza, diretor técnico de empresa, em 2010 foram recebidos no pátio de triagem 309 mil veículos e a expectativa é que este número cresça em 2011. “Trabalhamos 24 horas e aumentaremos o efetivo para melhor atender a safra. Para o ano que vem melhoraremos ainda mais a estrutura com a construção de um laboratório e aquisição de novas sondas hidráulicas para a coleta de amostras, dando mais agilidade à classificação dos produtos”, disse.

A classificação sobre a qualidade e o atendimento aos padrões internacionais ocorre por meio de análises que medem o grau de impurezas, que pode chegar ao nível máximo de aceitação de 1%; umidade, que apresenta grau máximo de aceitação de 14% e, por fim, de avarias, que pode alcançar 8% de aceitação, conforme padrão estabelecido internacionalmente.

Caso os caminhões não atendam aos padrões internacionais de qualidade ou estejam carregados com mercadoria diferente da registrada em nota fiscal, são imediatamente refugados e não recebem permissão para descarregar no porto.

Após a liberação dos caminhões classificados, os motoristas aguardam ser convocados pelos terminais portuários para descarregar nos armazéns.




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