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Agro
Segunda, 28 de fevereiro de 2011, 16h04
Milho-Brachiaria

Minicurso sobre consórcio milho com braquiária faz sucesso na DINAPEC


Interesse pelo consórcio atrai, inclusive, agricultores paraguaios

Cerca de 90 pessoas participaram do minicurso “Implantação do consórcio Milho-Brachiaria”, ministrado por Gessi Ceccon, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados (MS) nos dias 24 e 25 de fevereiro na VI Dinâmica Agropecuária (DINAPEC). “A participação foi expressiva, tendo em vista a Unidade de Demonstração do consórcio de milho com brachiaria ruziziensis e milho com piatã em duas modalidades de semeadura. Uma visando à produção de pasto e a outra, a produção de palha, sempre após a colheita do milho”, esclarece Ceccon.

No primeiro dia do minicurso, estavam presentes estudantes, técnicos, engenheiros agrônomos e diversos profissionais ligados à agropecuária. No segundo, predominou um grupo de estudantes, mas com presença de agricultores, inclusive do Paraguai “que se mostraram muito interessados”, comenta o pesquisador.

De acordo com diretor da Federação da Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul (FAF/MS), Elio Cardoso, que estava presente na DINAPEC no dia 23 de fevereiro para as dinâmicas, a FAF/MS inscreveu cerca de 150 pessoas de assentamentos para os diversos minicursos, inclusive para o de milhocom braquiária. “A Embrapa está sempre inovando. Espero que os debates sejam de grande proveito para melhorar a vida de nossos assentados”, diz Cardoso. Para Ceccon, é importante disseminar essa tecnologia. “Se quisermos que o consórcio milho com braquiária continue evoluindo, devemos oferecer mais cursos”.

Os inscritos no minicurso aprenderam que, para o cultivo de safrinha, é recomendado o uso da brachiaria ruziziensis, “mesmo que seja para pasto em uma safra ou no mesmo ano”, explica. Além disso, as sementes da braquiária precisam ser de boa qualidade. “Isso porque a população de plantas pode determinar a maximização do resultado do consórcio, tanto para a produção de palha quanto de pasto.” Ceccon lembra que o baixo padrão de qualidade na comercialização de sementes dificulta a implantação do consórcio.

Segundo Ceccon, o agricultor que escolhe a tecnologia de consórcio, principalmente milho com braquiária, normalmente tem como objetivo inicial a produção de palha. “No ano seguinte, ele percebe que o consórcio produz pasto para o gado se alimentar justamente na época de seca”.

Semeadura

Para consórcios de safrinha (outono-inverno), os cuidados devem ser maiores, devido à diminuição das chuvas até a colheita. O atraso da semeadura de braquiária em relação à do milho pode reduzir a produção de forrageira, que tem seu crescimento reduzido devido ao sombreamento do milho. “Além disso, o agricultor economiza uma operação de semeadura”, explica o pesquisador.

Espaçamento

Ao fazer o consórcio milho com brachiaria ruziziensis, o agricultor deve prestar atenção ao espaçamento. O plantio deve ser feito em linhas alternadas com espaço de 75 a 90 cm de distância, dependendo dos equipamentos utilizados pelo agricultor.

“Outros métodos de implantação de consórcio podem ser realizados, mas sem o indicativo de zoneamento agrícola”. O pesquisador ainda lembra que essas modalidades são viáveis quando o agricultor tem como objetivo a integração lavoura-pecuária.

Dinâmicas e atendimento ao público

No primeiro dia da DINAPEC, no dia 23, foram realizados atendimento ao público e dinâmicas para tirar dúvidas sobre as diversas tecnologias de 12 unidades da Embrapa que participaram do evento. Na tenda da Embrapa Agropecuária Oeste, o consórcio milho com safrinha atraiu um público diverso.
O coordenador da FAF/MS, Paulo Cesar Farias, já pensa em uma parceria com a Embrapa Agropecuária Oeste para a transferência da tecnologia de consórcio milho com safrinha aos técnicos de seus assentamentos. “São coisas simples, baratas. Faz com que a gente desperte para o mundo. Hoje a gente aprende com essa transferência. Essa parceria com a Embrapa, e a Embrapa cada vez mais próxima, faz com que já se veja resultados”, comenta Farias.

Foto: Sílvia Zoche



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