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Agro
Sexta, 13 de maio de 2011, 18h11

Produtividade em Gaúcha do Norte está entre as melhores da região


Os produtores rurais de Gaúcha do Norte, região Leste de Mato Grosso, receberam o Circuito Aprosoja 2011 ontem quinta-feira (12.05). Apesar da falta de logística local e dificuldades para o escoamento da soja, o município foi responsável pela terceira melhor média de produtividade na região, com 52,8 sacas por hectare, ficando atrás apenas de Querência (56) e Canarana (53). Há ainda vários produtores locais que afirmam ter colhido uma média de 55 a 56 sacas. Ao todo a área plantada no município foi de 105 mil hectares e a produção rendeu mais de 300 mil toneladas do grão.

 

Para o vice-presidente do Sindicato Rural local, Rovino Kopsch, o sucesso desta alta produtividade pode ser atribuído a ações como a do Circuito Aprosoja. “O conhecimento que a programação oferece, isso é o fator principal da gente ter esse sucesso na produção de soja”, comenta Kopsch. O produtor rural Márcio Braun concorda, lembrando que pelas dificuldades de acesso e infraestrutura da região, ter o Circuito dentro da cidade é fundamental. “Muito dos produtores, mesmo disponibilizando transporte, tudo gratuito, não se desloca até as cidades vizinhas”, opina.

 

Gaúcha do Norte está a 160km de Canarana, 200km de Paranatinga e 250km de Nova Ubiratan, todas ligações através de estradas de terra. Produtores da região acreditam e torcem pelo asfaltamento da BR 242, que vai ligar a cidade até Nova Ubiratan, mas mesmo assim ressaltam que parte do transporte da soja e do calcário é feito através da rota Primavera do Leste, cujos custos são encarecidos pela dificuldade logística. Além disso, Gaúcha do Norte possui atualmente apenas um armazém para atender a demanda local. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, aproveitou o Circuito para desafiar os produtores locais: “Por que não tem um armazém dos produtores aqui?”

 

O produtor Waldomiro Shultz, um dos participantes do projeto Referência, coordenado pela Aprosoja, explica que muitas vezes o baixo custo identificado em algumas áreas de plantio, levantado pelo projeto, é encarecido pelo frete. Mesmo assim, considera haver bons motivos para continuar investindo na região. “Gaúcha do Norte hoje é um município que muitas pessoas estão de olho por causa da região. É uma região bastante plana, de terra muito produtiva”, analisa Shultz.

 

Além do presidente da Aprosoja, também participou do evento o superintendente do Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Tiago Mattosinho, o diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte, o pesquisador da Embrapa Soja Londrina/PR, Alvadi Antônio Balbinot Jr. e o analista econômico da Consultoria Safras e Mercados, Paulo Molinari. Diversas autoridades locais assistiram a programação. Entre elas o prefeito de Gaúcha do Norte, Nilson Francisco Aléssio, a primeira dama e secretária de Ação Social do município, Marli M. Aléssio e o presidente da Câmara de Vereadores do município, Vandré Furlon.

 

CÓDIGO FLORESTAL – Os produtores presentes no Circuito Aprosoja lembraram da necessidade da votação do novo Código Florestal, em Brasília, mais uma vez adiada esta semana O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, abriu o Circuito desta quinta-feira estimulando o produtor rural a pensar no assunto: “o produtor parece que ainda não tá entendendo. Nós precisamos cobrar. Eu acho que é preciso mudar. É preciso tomar uma atitude e é isso que a Aprosoja está fazendo”, disse ele.

 

O presidente do Sindicato Rural do Município, Ari Baltazar Langer, esteve na Capital Federal acompanhando a discussão e voltou desapontado com a prorrogação. Ele reclama especialmente da insegurança do produtor diante das multas e embargos. “Dia 11 de junho ta aí e começam a colher as multas e os embargos e deixam de ser emitidas as certidões pra conseguir novos créditos. Quem tem uma área com embargo, não consegue desembargar; (...) Tudo tem que ser definido pra cada um saber se tem que repor reserva, se não tem que repor a reserva, quanto que pode plantar”, avalia Langer.




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