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Nos últimos dois meses o criador vem recebendo cada vez menos pelo quilo do frango vivo, de R$ 2,10 no começo de março, passou a receber R$ 1,60 agora.
Quem tem sentido mais as consequências da queda dos preços são os produtores independentes. Ao contrário daqueles associados aos frigoríficos, eles precisam comprar os pintinhos e a ração que as aves vão comer até o ponto de abate. Além do investimento nesses insumos, está tudo mais caro em relação ao ano passado.
Marcelo Gava é produtor independente. O maior gasto é com a ração, ele paga hoje R$ 28 a saca de 60 quilos de milho. No ano passado, a mesma quantidade saia por R$ 19. A granja dele em Descalvado tem cinco galpões, suficientes para alojar 90 mil aves. Para se adaptar a nova realidade, Marcelo decidiu reduzir a produção: dois galpões estão vazios. “A produção de frangos se dá em ciclos, de ganhos e perdas, mas desta vez foi tudo muito de repente”, reclama.
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