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Representantes dos segmentos produtivos de Mato Grosso tentarão assegurar amanhã, em reunião marcada com a bancada mato-grossense no Senado, apoio para 2 pontos considerados fundamentais para o desenvolvimento das ações no Estado: aprovação do texto validado pela Câmara Federal sobre o novo Código Florestal e a prorrogação do prazo previsto no decreto editado pelo ex-presidente Lula (PT), que anistia quem desmatou até 2008, com período que será encerrado no próximo dia 11. Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Prado, está à frente da comitiva. Ele alerta para as consequências de a matéria vir a ser modificada no Senado, como espera o governo federal e senadores que se aliam à área ambientalista.
A matéria que tramita no Senado é fruto de acordo selado na Câmara que atendeu partes das reivindicações do setor produtivo. Mas no novo cenário, existe chances de o governo conseguir imprimir sua marca, minimizando abertura para itens defendidos pelos produtores. Rui destaca que a não prorrogação da anistia abre precedentes para redução da área plantada. Sem suporte legal, a classe enfrentará impedimentos para obtenção de vias para novos financiamentos, necessários para investimentos no plantio da próxima safra, em julho deste ano. Dessa maneira, o setor faz previsões nada otimistas, com eventual redução da produção e inevitável aumento do preço do alimento.
A classe vai encontrar respaldo dos senadores Jaime Campos (DEM) e Blairo Maggi (PR). Mas Maggi alerta que é preciso rever pontos como em relação as áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente (APP"s). O senador democrata destacou ontem a importância de o governo federal e parlamentares observarem os dois lados, se referindo aos setores produtivos e ambiental. Entende que é possível dar sequência às ações unindo a produção e a preservação do meio "como todos esperam".
Nesta semana Jaime se reúne com a bancada do DEM no Congresso Nacional, que poderá fechar questão sobre o assunto. Maggi, um dos maiores produtores de soja individual do mundo, lidera entendimentos entre os setores. Ele comunga da tese de que é preciso consolidar um texto no novo Código Florestal dentro da realidade, numa conexão entre o andamento dos trabalhos produtivos e a questão ambiental. E admite que a votação da matéria pode demorar.
Jaime lembrou que a indicação do senador Jorge Viana (PT-AC) para a relatoria do projeto de Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), é apenas um dos passos a serem dados para os debates. Frisou que a matéria ainda terá que passar pelo crivo da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) além da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).
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