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Agro
Domingo, 02 de outubro de 2011, 08h19

Sai nova linha de crédito para recuperação de pastagem


Foi aprovada esta semana em Brasília, na 61ª reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Condel/FCO) uma linha de crédito específica para a pecuária, contemplada pelo programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). A nova modalidade atende pleito do setor produtivo mato-grossense, que há mais de três anos reivindica melhores condições.

“Há muito tempo, solicitamos um prazo condizente com a realidade da pecuária mato-grossense, mas o máximo que conseguimos avançar foi garantir um prazo de pagamento de até oito anos. Agora, acredito que os produtores investirão maciçamente na qualidade do pasto”, observa o presidente do Sistema Famato, Rui Prado.

A linha de crédito prevê prazo de financiamento de até 12 anos, sendo três anos de carência, e incidência de juros e encargos do FCO para recuperação das pastagens. Em Mato Grosso, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão ligado à Famato, estima que deverão ser recuperados 9 milhões de hectares (ha), o que representa 34% de toda área de pastagem que somam 26 milhões de ha.

Conforme o secretário adjunto da Sedraf (Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar), Luiz Carlos Alécio, que participou da reunião do Condel em Brasília, o empenho do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, e a perseverança do setor produtivo durante todo esse tempo foram determinantes para o desfecho positivo. “Lembro-me muito bem que esta ‘luta’ começou no Enipec de 2008. Na época, eu ainda coordenava estudos sobre morte súbita das pastagens, e abordamos a implantação de linhas de créditos e incentivos à recuperação dos pastos”, recapitulou Alécio. O Enipec é um evento bianual realizado pela Famato com foco nas cadeias produtivas da pecuária.

Os produtores terão acesso a nova linha de crédito após a publicação da resolução em Diário Oficial, o que deverá ocorrer no prazo de dez dias.

A argumentação de defesa para o pleito da nova linha de crédito foi embasada em um estudo feito pelo Imea, que considera o prazo ideal para o produtor manter-se capitalizado de 14 anos. “Para um agricultor manter uma pastagem convertida é mais fácil, pois sua atividade já utiliza de técnicas e ferramentas adequadas ao solo. Já para o pecuarista, o investimento é maior e o manejo mais complicado por não contar com as mesmas condições da agricultura”, pontuou Alécio.

Regularização Fundiária – Na mesma reunião, foi aprovada também uma linha de crédito para regularização fundiária das propriedades rurais do Centro-Oeste. A linha terá prazo de 12 a 15 anos para pagamento, e contempla pequenos, médios e grandes produtores que poderão ter seus custos financiados para regulamentação dos títulos.
 




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