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Agro
Terça, 18 de outubro de 2011, 23h26

Duplicação da BR-163 e implantação da Ferrovia irá beneficiar produtores de grãos


 

Produtores de grãos do município de Nova Mutum (264 km ao Norte de Cuiabá), o segundo maior produtor de soja de Mato Grosso, aguardam ansiosos o término da duplicação da BR-163 e a construção da Ferrovia que ligará Cuiabá a Santarém como forma de melhorar a logística de escoamento da produção. A região foi visitada nesta segunda-feira (17.10) durante o lançamento do Circuito Tecnológico da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), que vai fazer um raio X e oferecer suporte técnico da produção.

Os esforços do Governo do Estado para melhorar a infraestrutura vão beneficiar empreendimentos como a Fazenda Santa Luzia, propriedade da família Badan, localizada em Nova Mutum. A família é responsável por aproximadamente 1800 hectares de terra onde cultivam soja e milho. Hoje, aproximadamente 30% da produção dos fazendeiros é gasto com frete, de acordo com o engenheiro agrônomo e consultor técnico de produção, Naildo da Silva Lopes.

Segundo o consultor, hoje, parte da produção da cidade sai pelo porto de Santos e outra parte por Santarém. A expectativa é que a duplicação da BR-163 (no trecho que liga o posto Gil e Rondonópolis) facilite o transporte. “Vai diminuir os acidentes e melhorar o fluxo de veículos. Hoje, a 163 é muito perigosa, a duplicação vai melhorar muito o trajeto. E a ferrovia vai ser fundamental para diminuir o tráfego de caminhões e diminuir o frete”, afirmou.

Para ‘seo’ José Martins Badan, um dos donos da propriedade que já está na família há três gerações, a chegada da ferrovia já gera expectativa entre os produtores. “O frete para levar um saco de soja é muito caro, a expectativa é que os trilhos gerem economia”, afirmou.

O secretário-extraordinário de Ampanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, afirma que a tendência após a implantação da ferrovia é “baratear o frete” para os produtores. “Será em torno de 30 a 40% mais barato”, afirmou.

Com 1,13 milhões de toneladas colhidos na última safra em 340 hectares plantados, Nova Mutum é considerada o segundo maior produtor de soja de Mato Grosso e o terceiro maior em área. A soja mudou a cara da cidade, que hoje já apresenta um dos melhores índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado.

CIRCUITO TECNOLÓGICO

A região médio-norte é responsável por 40% da área total cultivada com soja em Mato Grosso. Dos 6.4 milhões de hectares plantados na última safra, 2,5 milhões estão localizados nas propriedades da região. Por concentrar boa parte da produção de grãos, metade da rota feita no 3º circuito tecnológico da Aprosoja será realizado nesta região.

A proposta é acompanhar as tecnologias utilizadas pelos agricultores no plantio da próxima safra. Serão visitados 400 propriedades nas quais serão aplicados questionários aos agricultores, além da análise em laboratório das sementes coletadas nas fazendas. De acordo com o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, a proposta é acompanhar o início do plantio da soja em Mato Grosso, verificar os entraves na produção, além de identificar se o produtor está trabalhando com a tecnologia certa. A logística de escoamento da safra também será verificada .

Segundo o presidente da Aprosoja, o circuito tecnológico já detectou vários produtores que foram enganados na compra de insumos por não terem informação técnica. “Tivemos registro de agricultores que compraram adubos com especificação de até 35% abaixo do anunciado. Isso era um roubo, que foi eliminado com o circuito tecnológico”, disse Glauber.

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta uma área de 6,78 milhões de hectares plantados com soja para a safra 2011/2012, com estimativa de produção de 21,5 milhões de toneladas. A última safra registrou 6,41 milhões de hectares plantados com a oleaginosa, o que resultou em uma produção de 20,5milhões.
 




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