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Agro
Sexta, 03 de fevereiro de 2012, 09h14

Atenção ao manejo das lavouras de soja contra a ferrugem


Mato Grosso, estado mais atingido, intensifica a necessidade de monitoramento das lavouras e adoção de boas práticas no campo
Há 10 anos os produtores rurais brasileiros se preocupam com a ameaça da ferrugem asiática. A doença, responsável por quedas de produtividade de até 80%, segundo a Embrapa Soja, surge a cada safra em um período diferente, devido às condições climáticas e pode acometer, primeiramente, sojas voluntárias, sendo necessário monitoramento constante das lavouras. “O aparecimento da ferrugem asiática está intimamente ligado ao clima do período da entressafra. Quando for seco, a ferrugem chegará tardiamente”, afirma Edson Borges, engenheiro agrônomo e diretor executivo da Fundação Chapadão.

De acordo com Borges, fenômenos climáticos como o La Niña indicavam que haveria um longo período de chuvas, entretanto as previsões ainda não foram concretizadas. “Embora estimativas ainda se mantenham, os sojicultores devem adotar ações preventivas durante o estágio de florescimento, com aplicações de fungicidas. Vale ressaltar que o manejo adequado é mais efetivo quando realizado a partir do acerto da primeira aplicação, antes do surgimento de focos”, destaca.

Lavouras de todo País estão sob vigilância. “Mesmo que os focos de ferrugem asiática estejam distantes da região plantada, o produtor é orientado a realizar a aplicação preventiva de fungicidas. Caso queira aguardar o plantio atingir estágios avançados, o recomendado é não deixar ultrapassar o período da formação das vagens, pois a pressão da doença e a sensibilidade de cultura são ampliadas. Até esse estágio é possível monitorar a lavoura e a direção dos ventos, que podem carregar esporos de uma região a outra”, pontua Borges.

Leocyr Lazarete Junior, engenheiro agrônomo do Grupo Masutti, com propriedades em Mato Grosso e Rondônia, afirma ter adotado práticas de prevenção diferenciadas para a safra 2011/2012. “Antecipamos a aplicação de fungicidas nas lavouras em até 10 dias, proporcionando um bom controle preventivo da ferrugem e também reduzindo significativamente a ocorrência de Doenças de Final de Ciclo (DFC), uma vez que a lavoura está mais aberta, proporcionando assim maior eficiência na cobertura do baixeiro da planta”. O Grupo Masutti decidiu adicionar mais uma aplicação ao plano de manejo, com o intuito de adquirir ganhos em sanidade e massa foliar para seus 32 mil hectares, estimados em 53 sacas de 60kg/ha na safra atual.

Como uma importante alternativa para os produtores rurais, produtos desenvolvidos após diversas pesquisas sobre o comportamento da doença demonstram ótimos resultados durante todo o desenvolvimento da cultura. “Anteriormente o mercado disponibilizava para a prevenção e controle do cultivo, fungicidas à base de triazóis. Hoje já é possível encontrar tecnologia com uma nova e revolucionária classe química, que permite atuação forte e abrangente no metabolismo do fungo, além de maior velocidade de penetração e menor dose de aplicação. Os resultados são maior abrangência e eficiência até mesmo em populações tolerantes”, diz Fernando Prudente, gerente de cultura soja da Bayer CropScience para a região Centro-Oeste. 




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