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O plantio da segunda safra de milho em Mato Grosso no ciclo 2011/12 deu um salto entre a primeira e a segunda semana de fevereiro. A evolução recorde chegou a 30,1 pontos percentuais conforme mensurou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), motivado principalmente pela melhora do clima durante o período, o que também influenciou diretamente a colheita da soja. Até o último dia 9, a semeadura da safrinha havia alcançado 42% dos 2,2 milhões de hectares reservados.
De acordo com o Imea, no mesmo período do ano passado a área plantada no estado era de 28,8 pontos percentuais, com 13,3% de semeadura. Em algumas regiões a média de sementes que estão no campo supera o percentual do estado. É o caso do nordeste, onde os produtores já conseguiram atingir 59% dos 83,7 mil hectares reservados à cultura.
No oeste mato-grossense, o plantio já alcançou 49,3% dos 322.850 mil hectares. De acordo com o Imea, a produção de safrinha no estado este ano deve alcançar 9,8 milhões de toneladas, um acréscimo de 40,2% sobre 2010/11, com 6,9 milhões de toneladas. Em alguns municípios do estado, o produtor tem aproveitado os intervalos sem chuva para intensificar a semadura da safrinha.
Em Sorriso, a 402 quilômetros de Cuiabá, 300 mil hectares devem ser ocupados em 2011/12. Deste total, 60% já receberam as sementes. O produtor Márcio Giroletti, que neste ano destinou 1,2 mil hectares à cultura na cidade, diz que os últimos dias têm sido chuvosos e têm influenciado no andamento do trabalho. Ele estima que até o momento a área já plantada chegue próxima aos 30%.
"Deu um sol bom esses dias, mas desde sábado não se consegue entrar na lavoura por conta da chuva. As expectativas são boas e temos um histórico de boa produtividade. Temos que ver o que vamos conseguir", declarou o representante.
O gerente-técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Luiz Nery Ribas, diz que é possível perceber esse avanço na semeadura do cereal nas lavouras do estado. "A chuva deu uma trégua na semana passada e deu para tirar a soja seca para colocar o milho. Por onde você passa o milho já vem sendo semeado", destacou o representante.
Os produtores mato-grossenses apostam no bom momento da cultura, baseado na redução da oferta do produto em função da estiagem que castigou os estados do sul brasileiro e provocará quebra na safra.
"O momento é favorável em todas as questões. O milho já é tradicional. O que promete é em função das perdas do Sul e na Argentina, o que aqueceu o mercado. Nos outros anos não tínhamos isso mais claro", acentou Ribas.
Internacional
Nesta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para 868 milhões de toneladas as estimativas de produção mundial para o milho. Este volume representa 3,95 milhões de toneladas a menos que em janeiro, 0,46% menor.
A Argentina deve ser a maior afetada pela baixa produtiva. Somente este país deve perder 15% devido à forte estiagem que castiga as áreas de plantio. Isso deve fazer os produtores recuarem de 26 para 22 milhões de toneladas, respectivamente.
Oferta e demanda
Em seu boletim semanal sobre a cadeia do milho, o Imea destaca que com a expectativa de aumento da produção chinesa, a redução da safra na América do Sul e aumento das exportações norte-americanas, o USDA apontou em seu relatório que a produção mundial deve cair para 864,11 milhões de toneladas. Essa estimativa é 0,5% menor que os 868,06 milhões do relatório anterior.
O Brasil é o quarto maior produtor do grão e deve permanecer com as mesmas 61 milhões de toneladas na produção. O consumo total no mundo deverá ser de 867,5 milhões de toneladas, não variando se comparado ao do relatório passado, informou o Imea.
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