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A Embrapa Florestas (Colombo/PR) realiza, de 20 a 22/06, em Curitiba/PR, o “Seminário Internacional sobre Pragas Quarentenárias Florestais”. O evento, que tem apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e CNPq, tem como objetivo discutir os riscos de introdução de pragas florestias e medidas para sua contenção, com a possibilidade de troca de experiências sobre o que é feito em diversos países.
Cerca de cem pessoas entre pesquisadores, profissionais do setor florestal, fiscais do departamento de defesa fitossanitária, professores
e estudantes participam do evento. Entre os palestrantes, participam pesquisadores da Argentina, Brasil, Chile, Itália, Portugal e Uruguai.
A abertura econômica brasileira para as importações, no início da década de 1990, aliada à globalização, causaram um aumento substancial na movimentação de mercadorias, inclusive de produtos de origem vegetal, em especial em portos e aeroportos. Com isso, aumentou o risco de introdução de novas pragas florestais no país, pois uma boa parte deste tipo de comércio depende de embalagens e peças de suporte de mercadorias, geralmente fabricadas em madeira de baixa qualidade, que podem trazer larvas ou mesmo insetos adultos e patógenos que não existem no Brasil.
Além disso, a estabilidade financeira também aumentou o turismo internacional e, mesmo sem perceber, turistas podem introduzir novas pragas no país por meio de bagagens e até mesmo no bolso, como por exemplo o transporte de mudas e sementes de espécies florestais.
Isto não é privilégio brasileiro. Com o aumento deste risco de introdução de pragas florestais exóticas por meio do comércio internacional, o assunto passou a ser uma grande preocupação mundial. Vários registros de introdução de pragas tem sido realizados em plantios
florestais, áreas urbanas e mesmo em florestas nativas, causando impactos econômicos, sociais e ambientais negativos ao redor do mundo.
Estabelecida a praga em um novo ambiente, ela pode causar danos e perdas em cultivos, perda de mercados de exportação, aumento de custos de produção, impactos sobre os programas de manejo integrado de pragas, além de danos ambientais e sociais, com a eliminação de postos de trabalho, entre outros.
Considerando a importância econômica das espécies florestais mais plantadas no Brasil (pínus e eucalipto), existe a necessidade constante de se estabelecer análises de risco de pragas. Estas análises devem
contemplar prioritariamente as pragas potencialmente perigosas aos plantios comerciais, cujos danos podem acarretar sérios prejuízos. O risco da introdução dessas pragas não é apenas de danos diretos nos
plantas florestais, mas sim de efeitos cumulativos, como perda de clientes ou mesmo fechamento do comércio internacional do produto, custos para desenvolvimento de pesquisas, implantação e execução de medidas quarentenárias (barreiras, vigilância) e controle.
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