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Sexta, 28 de abril de 2017, 15h27

Paciente com catarata congênita volta a enxergar após 16 anos


Foto por: Chico Valdiner
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A expressão “Ver uma luz no fim do túnel” agora faz todo o sentido na vida de Jurema dos Santos Reis, de 30 anos, paciente operada nesta sexta-feira (28.04), na Caravana da Transformação. Diagnosticada com catarata congênita aos 14 anos de idade, hoje, aos 30 finalmente conseguiu voltar a enxergar.

Casada e dona de casa, Jurema conta que peregrinou para que conseguisse uma resposta positiva dos médicos. Ela já passou por mais de cinco, somente no tempo em que morou em Barra do Garças, e em todas as consultas a resposta era a mesma: “não tem jeito”.

“A primeira consulta que eu fiz foi paga por uma professora. De lá para cá eu fui passando pelos médicos e eles diziam que fazer a cirurgia era arriscado, porque poderia perder a visão de vez”, relatou.

Contudo, ao saber que a Caravana estaria no município de Porto Alegre do Norte, esta semana, a jovem se deslocou até o Complexo Esportivo Gezil Araújo, sede do projeto, para fazer uma nova avaliação nesta terça-feira (25). Ela mora na cidade há seis meses, e desta vez, recebeu a notícia de que seria operada na sexta (28).

“Na hora meu coração foi a mil. Contei para os meus amigos ao chegar em casa e eles ficaram muito alegres. Eu via como se tivesse um vidro molhado na minha frente e não podia fazer muita coisa”, explicou.

A cirurgia durou pouco mais de 20 minutos e foi realizada pelo médico Pascoal Conti. Este foi o segundo caso de catarata congênita atendido na caravana. Este tipo de catarata ocorre por alterações na formação do cristalino e é a principal causa de cegueira na infância.

Por volta das 6h da manhã Jurema retornou para fazer o acompanhamento pós-operatório. Animada, revelou seus planos para um futuro repleto de luz, cor e independência.

“Durante a cirurgia, eu via as luzes do aparelho piscando. A sensação de enxergar normalmente é boa demais e daqui uns dias vou voltar a estudar, se Deus quiser. Quero ser médica para ajudar as pessoas, e se não fosse pelos médicos que me atenderam aqui, eu não estaria vendo tudo agora”, concluiu.

O tempo todo ela esteve acompanhada da mãe, Irany Alves dos Santos, 51. “Agora é só felicidade”, resumiu a mãe.

O atendimento pós-operatório foi realizado pelo médico Rodrigo Travessolo, que passou algumas orientações sobre os cuidados quanto ao uso contínuo do colírio e impedimento de esforços físicos. Segundo ele, Jurema está se recuperado bem.

“O olho dela está com pouquíssimo edema (inchaço nos olhos). Vamos ver como será a evolução nos próximos dias, mas acredito que terá um ótimo prognóstico”, reforçou o médico.

 




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