Professores esperam piso de 1.024 reais em Serra Nova Dourada

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) se manifesta com expectativa sobre a promessa  do prefeito de Serra Nova Dourada, a 1.125 km de Cuiabá, Valdivino Carmo Candido,  de aplicar na folha de janeiro o piso salarial de R$ 1.024,00 aos trabalhadores da educação. Segundo a instituição, este valor já deveria ser praticado desde abril deste ano, quando o chefe do Executivo Municipal aprovou o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria. Mas não está sendo aplicado. O município tem 1.300 habitantes. Em Várzea Grande, com cerca de 250 mil habitantes, os números são bem diferentes, a começar pelo piso atualmente de R$ 635,00, onde os professores também cobram melhores salários.

Conforme o Sintep, o prefeito assumiu o compromisso de antecipar o salário de dezembro, efetuando o pagamento junto com a folha de novembro, ainda no valor atual de R$ 850,00. “A categoria está na expectativa de que o prefeito finalmente cumpra este compromisso”, ressaltou a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) em Serra Nova Dourada, Maria da Conceição Alves Lopes.

O acordo foi firmado após a sinalização de greve por parte dos trabalhadores da rede municipal de ensino, no dia 1° de novembro. “Iríamos paralisar as atividades, mas o prefeito nos chamou para a negociação e a categoria decidiu aguardar”, informou a sindicalista. Mas caso o compromisso não seja cumprido, os profissionais da educação não descartam a greve já em fevereiro do ano que vem. “A classe é unida, estamos atentos a qualquer sinal e mobilizados”, acrescentou.

O piso de R$ 1.024,00 é resultado do estudo feito por uma comissão formada por representantes da subsede do Sintep/MT e do Poder Executivo. Cálculos baseados nas folhas de pagamento e dados de receitas e despesas apontam à viabilidade de o município aplicar esse ‘piso possível’. “Nós consultamos a legislação, inclusive com a participação de um contador da prefeitura e chegamos a esse valor”, explicou Maria da Conceição.

Várzea Grande - Os trabalhadores da Educação de Várzea Grande também não descartam paralisar as atividades em razão do veto do prefeito Murilo Domingos ao Projeto de Lei n° 141/2010, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos educadores. O projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores no dia 13 de setembro deste ano.

Atualmente, o piso pago aos profissionais é de R$ 635,00. O PCCS prevê um piso salarial de R$ 735,00. O calendário de reajustes salariais, assim como de reenquadramentos dos trabalhadores, ainda prevê que o repasse seja feito nos meses de fevereiro e setembro de 2011, e em maio e setembro de 2012. “A proposta já é uma das piores do Estado porque temos conhecimento de que há cidades com arrecadação inferior a de Várzea Grande que já garantem aos seus educadores uma remuneração digna”, protesta a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Maria Aparecida Cortez.