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Nacional
Quinta, 02 de março de 2017, 12h45

Espécies da Amazônia serão monitoradas por sensores em árvores


Uma rede de sensores, com microfones e câmeras, será instalada sob a copa das árvores para coletar informações sobre o comportamento das espécies no interior da floresta amazônica, e transmitir, via satélite e em tempo real, para os pesquisadores.

A nova tecnologia, que faz parte do projeto Providence, além de monitorar a biodiversidade local, vai reduzir a presença humana e os custos das expedições de campo.

Até março de 2018, 10 sensores serão instalados em diferentes pontos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, na interior da Amazônia. Na primeira fase do projeto, iniciada em outubro de 2016 e com duração de 18 meses, os pesquisadores avaliam se a rede de sensores terá capacidade de captar sons e imagens de animais a partir de amostras.

Para isso, foram escolhidas dez espécies, entre elas, onça-pintada, macaco-guariba e boto-cor-de-rosa. A escolha desses animais foi feita por causa dos sons característicos, abundância na região e carisma.

Os dados coletados pelos sensores devem preencher importantes lacunas no monitoramento da fauna da região amazônica. Segundo o pesquisador Emiliano Ramalho, que coordena o grupo de monitoramento do Instituto Mamirauá, os dados são essenciais para as estratégias de conservação de espécies e criação e gestão de unidades de conservação.

"Uma das principais preocupações dos cientistas em todo o mundo é a biodiversidade e a extinção das espécies. Ter uma avaliação precisa da biodiversidade de uma área como a Amazônia é essencial, porque, só assim, podemos ter ideia do impacto das atividades humanas nesse ambiente natural."

Para Ramalho, essa tecnologia é revolucionária, porque vai abranger um número maior de grupos taxonômicos, diminuindo os custos do monitoramento e o esforço de campo.

"No futuro, as informações captadas serão enviadas para uma plataforma online e também serão disponibilizadas à comunidade. A intenção é que a população aprenda sobre as espécies e participe do monitoramento. Ao final do projeto, a expectativa é ter mil aparelhos espalhados pela floresta", revelou.

Parceiros

Composto por três fases, o projeto Providence é coordenado pelo Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), The Sense of Silence Foundation e Laboratório de Aplicações Bioacústicas da Universidade Politécnica da Catalunha (UPC).

"As quatro instituições possuem experiência em pesquisas sobre a vida selvagem na Amazônia ou no desenvolvimento de tecnologias para subsidiar atividades científicas", disse Ramalho.

Para executar essa tarefa, o projeto também conta com U$S 1,4 milhão da Fundação Gordon and Betty Moore. 




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