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Nacional
Domingo, 19 de novembro de 2017, 17h42

Fundo da ONU e governo brasileiro discutem retomada de projeto para combater pobreza no semiárido


Representantes do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e do governo do Brasil se reuniram na terça-feira (14) para discutir a retomada do projeto Dom Helder Câmara. Iniciativa visa reduzir a miséria e promover o crescimento econômico de comunidades do semiárido brasileiro. Em sua primeira fase, programa beneficiou 13 mil famílias em sete estados.

“O Dom Helder se iniciou oficialmente em 2001, e finalizou a sua primeira fase ao final de 2010″, lembrou Rodrigo Almeida, representante da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD) em Pernambuco.

Para a segunda etapa, a perspectiva inicial era atender a 22 mil famílias. Agora, o governo trabalha com uma nova meta – 60 mil em 11 estados. O Dom Helder Câmara foi incluído no Plano Safra plurianual e a política deverá ser mantida até 2020, segundo o governo brasileiro.

O secretário especial da SEAD, Jefferson Coriteac, explicou que, para a retomada do projeto, quase todas as preparações estão prontas.

“Já foi feita a contratação por parte da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ANATER), de Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) em alguns estados. E o contrato com a Universidade de Brasília (UnB) também já foi assinado, para a contratação dos fiscais. Eles serão responsáveis por auxiliar no monitoramento das assistências técnicas.”

A base da iniciativa será a Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) voltada para o semiárido. Dados do Censo Agropecuário revelam que os agricultores familiares que recebem esse tipo de acompanhamento regularmente têm rentabilidade por hectare até quatro vezes maior do que os que não têm acesso ao serviço.

Segundo o gerente de programas da divisão da América Latina e Caribe do FIDA, Paolo Silveri, o Dom Helder recebeu avaliações positivas da agência da ONU. “Dessa forma, o governo federal pediu ao FIDA novamente para apoiar financeiramente a segunda etapa. E nós estamos comprometidos para que essa segunda etapa chegue na ponta para a população rural brasileira.”

Projeto visa contornar problemas climáticos

No Ceará, quase 60% do território apresenta seca extrema ou seca excepcional, os dois níveis respectivamente mais severos de estiagem apontados pelo Monitor de Secas do Nordeste (MSNE). Quase todo o Cariri e parte dos Sertões Central e dos Inhamuns – regiões cearenses – estão com seca excepcional, a mais grave.

O solo é um dos primeiros a sofrer com o clima, que castiga ainda as criações de animais e as plantações. Um levantamento recente da Confederação Nacional dos Municípios revelou que, entre 2013 e 2015, a estiagem causou um prejuízo de 103,5 bilhões no Nordeste.

Os desafios climáticos são um dos problemas que o projeto Dom Helder Câmara busca minimizar. A partir da assistência técnica, oito ações serão implantadas no semiárido: fomento individual (projetos de inclusão produtiva); inovação tecnológica; comercialização; projetos de abastecimento de água; alimentação animal, com a distribuição da palma forrageira, vegetal resistente ao clima seco e usado para alimentar os rebanhos; crédito rural; Garantia-Safra e seguro da produção.

O extensionista chegará até os agricultores para identificar qual ação será mais benéfica para otimizar a produção. Quem contratará os serviços de assistência técnica será a ANATER.




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