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Nacional
Quarta, 26 de janeiro de 2011, 16h41

Confea discute com MDIC ações para aumentar oferta de mão de obra


Reunidos ontem (25) em Brasília, o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, o novo secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SCS/MDIC), Humberto Ribeiro e o diretor de Políticas de Comércio e Serviços da SCS/MDIC, Maurício do Val,

discutiram quais medidas o governo brasileiro poderia adotar, numa perspectiva de curto, médio e longo prazos, para não estrangular o crescimento projetado da nossa economia em função de um possível apagão de mão de obra, principalmente por profissionais da área tecnológica.

Das ações discutidas, uma pode ser extremamente benéfica para os profissionais: a realização de um censo para mapear detalhadamente, entre outras questões, quantos são, onde estão e atuam e, caso não exerçam a profissão, se querem retornar e ocupar um dos milhares de postos de trabalho hoje ofertados no mercado interno.

Em franca expansão, o mercado para os profissionais da área tecnológica, em função do volume de recursos destinados pelo governo federal, sobretudo para realizar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); o Minha Casa, Minha Vida; a Copa de 2014; os Jogos Olímpicos de 2016; a exploração do pré-sal e a reestrutura da indústria naval, fazem do Brasil atualmente um grande e atrativo canteiro de obras e um oásis de oportunidades, principalmente para os países que vivem em recessão, motivada pela crise internacional atual.

O presidente Marcos Túlio levou ao conhecimento do secretário que muitas embaixadas, a exemplo da Espanha, Irã, China, Estados Unidos, Portugal, etc, já entraram em contato com o Confea para tratar sobre essa questão: entrada de profissionais estrangeiros no Brasil. “O nosso mercado interno está aquecido e nesses países a crise atualmente é elevada. Vivemos um momento bom, por isso precisamos ter cuidado e discutir a reciprocidade. Empresas e profissionais brasileiros não conseguiam atuar, até um passado recente, no mercado internacional, pois as regras e as exigências impostas eram, e ainda são, muito restritivas. Na verdade, quase impeditivas. Por isso precisamos aproveitar esse momento, em que o Brasil se tornou atrativo, para garantir as mesmas igualdades de condições lá fora para os brasileiros”, disse.

O secretário Humberto Ribeiro afirmou estar “completamente alinhado ao conceito de reciprocidade defendido pelo Confea, e que vem sendo trabalhado pelo MDIC. Temos que buscar, além dessa reciprocidade, um patamar de qualificação para o trânsito de profissionais estrangeiros no Brasil. Nessas questões estamos plenamente sintonizados”.

Pedidos – A fila de espera para a entrada de profissionais no mercado interno, sobretudo engenheiros e arquitetos, já inclui americanos, espanhóis, italianos, portugueses, ingleses, chilenos, argentinos, etc. No Sistema Confea/Crea o número de pedidos de registro de profissionais diplomados no exterior triplicou em 2010. Normalmente eram analisados em última instância uma média de 115 processos anuais.

 

"Os países ricos tiveram seu momento de expansão e, na época, não flexibilizaram nenhuma regra para a entrada de profissionais brasileiros nos seus países. Podemos e nos dispomos sim em construir acordos bilaterais de longo prazo. É salutar para todos. No entanto novas regras precisam ser pactuadas. Hoje, para se ter uma ideia, não conseguimos entrar no mercado europeu”, destacou Marcos Túlio. "Propomos contrapartidas e, para isso, já estamos nos reunindo formalmente com muitos países. Agora é aguardar a manifestação deles".

 

No final do encontro ficou acertado que o MDIC entrará em contato com o Inmetro (em função da cerificação), o Ipea (em função dos estudos de mercado já realizados) e o IBGE (em função do desenvolvimento da metodologia para a pesquisa) para tratar sobre a possibilidade de realização de um trabalho conjunto para viabilizar o senso profissional. “Essa ação conjunta, Sistema Confea/Crea e governo federal, é de suma importância para nosso crescimento” defendeu Marcos Túlio, destacando ainda que “a participação do setor produtivo, com a inclusão da Confederação Nacional da Indústria (CNI), dará ainda mais abrangência ao projeto”. Nas próximas semanas a Secretaria do MDIC entrará em contato com o Confea para agendar uma reunião com esses possíveis parceiros.




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