Cuiabá | MT 28/03/2024
Nacional
Quinta, 03 de fevereiro de 2011, 11h36

As garagens estão mais internacionais


As três principais marcas de carros que não têm fábricas no país registraram, por aqui, aumento nas vendas entre 27% e 80% no ano passado em comparação com 2009

Com maior oferta no mercado brasileiro e preços mais competivos, os carros fabricados no exteriorMais do que comprar carro novo, o brasileiro está decidindo por veículos importados. O mercado de automóveis celebrou recordes de produção e venda em 2010, mas, proporcionalmente, o maior crescimento foi entre os veículos vindos de fora do país. A venda deles aumentou 37,13% no Brasil, enquanto a de carros nacionais registrou alta de 2,45%.

Ofenômeno da venda maior de importados é visto também em SC. As três principais marcas de carros que não têm fábricas no país registraram, por aqui, aumento nas vendas entre 27% e 80% no ano passado em comparação com 2009.

Os modelos mais vendidos são, predominantemente, os de uma linha mais popular. Entre os 20 automóveis mais comercializados em 2010, 15 custavam até R$ 60 mil.

Cada marca tem as suas estratégias de comercialização e público, mas todas concordam que o catarinense está ousando mais. A concorrência entre as empresas e o mercado aquecido está pressionando os preços para baixo e tornando a compra de alguns modelos mais acessível. Existe até fila de espera para os mais procurados.

O maior volume de importações continua sendo feito por marcas que têm fábricas e montadoras no Brasil. Em 2010, 83,96% dos veículos importados emplacados no país foram trazidos por marcas como GM, Fiat e Ford. Empresas que não têm montadoras no país responderam pelo restante das importações – pouco mais de 16%.

A Argentina é a principal fornecedora, respondendo por mais de 50% das importações em 2009. Em seguida, aparecem Coreia do Sul, México, Alemanha e Japão. Os carros importados pela Argentina e pelo México, que têm acordos comerciais com o Brasil, pagam tarifa zero na importação, enquanto os veículos que vêm de outros mercados pagam 35% de imposto para dar entrada no país.

A Kia Motors liderou, em 2010, o volume de importações entre as empresas que não têm montadoras no Brasil, seguida pela BMW e pela Chery. Os seis modelos importados campeões em venda no país no ano passado são da Kia. Em Santa Catarina, o grupo Power Imports, com seis concessionárias e dois pontos de vendas da Kia, registrou um aumento de 80% na comercialização.

– Contribuiu para este resultado o lançamento de seis novos produtos, as mudanças no design dos veículos e os novos acessórios. Para este ano, prevemos passar de 2,7 mil veículos vendidos, resultado de 2010, para 4 mil – projeta Alexandre Finardi, proprietário da Power Imports.

Para ajudar nesta conta, a empresa vai inaugurar uma nova loja em Jaraguá do Sul, em março. Um indicativo da procura aquecida da marca é que as versões mais caras do novo Sportage têm fila de espera de três meses.

Kia estuda entrada por portos de SC - Marca líder na importação de carros no país desde 2001, a Kia estuda migrar parte da entrada de seus veículos do Porto de Vitória, no Espírito Santo, para algum dos portos de Santa Catarina. Com a perspectiva de trazer 107 mil veículos para o Brasil este ano – um aumento de 96,7% em relação a 2010 –, a empresa está avaliando parcerias e a estrutura dos portos catarinenses para efetuar parte de sua movimentação por aqui.

– Atualmente, 80% dos carros importados pelo país chegam por Vitória. Talvez não consigamos atingir a meta de importações deste ano trabalhando apenas por aquele porto. Por isso estamos avaliando se seria possível trazer pelo menos um terço das importações por SC – adianta Wilson Martins, gerente regional de vendas da Kia para SC e PR.

Mas não basta escolher um porto e começar a importar os carros da Coreia do Sul. Martins afirma que talvez sejam necessárias adaptações na estrutura do porto escolhido para que seja possível acondicionar até 6 mil veículos em um pátio, por exemplo.

A instalação de uma fábrica da Kia no país está fora de questão. Pelo menos, por enquanto.

– Pelas condições econômicas atuais, especialmente a alta carga tributária, é mais barato trazer os nossos carros de fora do que produzi-los por aqui – pondera Martins.
 

Diário Catarinense
 




Busca



Enquete

O Governo de MT começou a implantar o BRT entre VG e Cuiabá. Na sua opinião:

Será mais prático que o VLT
Vai resolver o problema do transporte público.
É uma alternativa temporaria.
  Resultado
Facebook Twitter Google+ RSS
Logo_azado

Plantão News.com.br - 2009 Todos os Direitos Reservados.

email:redacao@plantaonews.com.br / Fone: (65) 98431-3114