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Nacional
Segunda, 16 de maio de 2011, 16h32

Prejuízo em refinarias da Petrobras foi influenciado por alta do barril de petróleo


O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, admitiu hoje (16) que a política de não repassar a volatilidade do preço do barril de petróleo ao mercado nacional contribuiu para o prejuízo de R$ 95 milhões no setor de abastecimento, no primeiro trimestre deste ano. Segundo a Petrobras, nesse período, o preço do barril Brent aumentou 37%, sem que houvesse repasse desse aumento para o consumidor brasileiro.

No primeiro trimestre do ano passado, o setor de abastecimento havia tido um lucro de R$ 1,1 bilhão. O aumento do preço do petróleo no mercado internacional nos últimos meses tem sido provocado, principalmente, pela instabilidade política nos principais centros exportadores de petróleo no mundo: o Norte da África e o Oriente Médio.

"O efeito fica no abastecimento e isso vai existir enquanto a diferença continuar acontecendo no mercado internacional. Se houver tendência de estabilidade do preço internacional, isso pode levar a um reajuste [dos derivados]. Se houver manutenção da incerteza [do preço do petróleo no mercado internacional], o resultado do abastecimento refletirá essa instabilidade", disse Barbassa.

Apesar do prejuízo específico na área de Abastecimento, a empresa teve um lucro recorde de R$ 10,98 bilhões no primeiro trimestre deste ano, segundo balanço divulgado na última sexta-feira (13). Entre os fatores que contribuíram para isso, está o aumento de 7% na venda de combustíveis.

Segundo Barbassa, o resultado mostra que a empresa está executando bem seus projetos. “O lucro recorde foi resultante de maior produção, maior volume refinado, maior volume de produtos vendidos. No refino, tivemos as refinarias operando com 90% de sua capacidade. O câmbio é um outro fator que teve uma influência grande em relação ao primeiro trimestre de 2010”, disse o diretor.

Apenas o câmbio foi responsável por um ganho contábil de R$ 2 bilhões no período, decorrente da valorização do real frente ao dólar. Isso porque muitas dívidas da empresa são atreladas à moeda norte-americana.

De acordo com Barbassa, a empresa também acelerou, no primeiro trimestre deste ano, a perfuração de poços do pré-sal na Bacia de Santos. De 2007 a 2010, a Petrobras concluiu a perfuração de 20 poços na região. Apenas nos três primeiros meses, foram perfurados oito poços para a execução de testes de longa duração.

“Isso é muito positivo para a empresa, porque a perspectiva que tínhamos está se confirmando. Temos uma produção esperada, por poço, de 20 mil barris por dia. Com essa produtividade, o custo médio acaba caindo”, disse Barbassa.

O diretor da Petrobras disse ainda que a empresa já captou cerca de US$ 8 bilhões no mercado internacional e em instituições financeiras para sustentar os investimentos da estatal neste ano, apesar de a Petrobras ter feito uma grande capitalização no ano passado.

“É uma visão de longo prazo. Temos que estar preparados para sustentar a implementação desse plano que é hoje o maior plano de investimentos de uma empresa no mundo”, disse Barbassa, que afirmou que a Petrobras prevê investimentos de R$ 93 bilhões neste ano. No ano passado, os investimentos totalizaram R$ 76 bilhões de R$ 89 bilhões previstos.




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