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Fotos por: Mayke Toscano |
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Uma noite emocionante, acentuada pela diversidade cultural de Mato Grosso e a representatividade de agentes culturais de vários municípios como Cuiabá, Várzea Grande, São José dos Quatro Marcos, Primavera do Leste, Chapada dos Guimarães, Poxoréo, Cáceres e Nortelândia, dentre outros. Assim foi a solenidade de assinatura dos contratos dos editais Circula MT, Prêmio Tradições e Prêmio Territórios na noite de terça-feira (11), no Palácio Paiaguás. A cerimônia contou com a presença de gestores, produtores culturais e artistas, além do secretário de Estado de Cultura, Leandro Carvalho e do governador Pedro Taques.
Para os proponentes contemplados nos editais o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC) é fundamental no processo de interiorização da cultura. “Com esse suporte conseguimos chegar a mais cidades, mostrar o nosso trabalho a um número maior de pessoas e levar a cultura para lugares carentes deste tipo de ação”, observou Rogério Rizzo, do grupo de catira Os Guarás, de Poxoréo, contemplado no Circula MT e que irá levar as apresentações do grupo para Rondonópolis, Primavera do Leste, Nova Xavantina, Nobres e os distritos de Aparecida do Leste e João de Barro.
Contemplados no Prêmio Territórios com o projeto Circuito Kamukuwaká – O livro de Kamukuwaká e Yakuwixeky, os líderes da etnia wauja, Acaria e Apaiupi Wauja, viajaram durante dois dias, do Território Indígena do Xingu para Cuabá, para participar da solenidade. O projeto é dedicado à preservação da ancestralidade deste povo, interligando aldeias.
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“Esse trabalho preserva por gerações os conhecimentos tradicionais dos povos do Alto Xingu. É ainda um trabalho de pesquisa importante para divulgar para outros povos da região”, explicou Piratá Piyulaga, representante da aldeia.
A cultura indígena foi contemplada ainda no Tradições com o projeto Jejakanamapi Katetirikináque. Makakoxi Myky, proponente da iniciativa aprovada, também esteve presente na cerimônia.
Ao menos 85 mil mato-grossenses de diversas regiões e lugares com limitado acesso a ações culturais como assentamentos, centros socioeducativos, aldeias e quilombos serão impactados pelos 51 projetos aprovados nestes editais que já estão na segunda edição.
É o caso do projeto Cafundó, onde o vento faz a curva, de Chapada dos Guimarães, selecionado dentro do Circula MT no segmento teatro, que irá visitar nove localidades, sendo três aldeias indígenas, três assentamentos e três comunidades quilombolas em municípios de diversas regiões do estado.
“Considero os três editais da SEC importantíssimos porque devolvem para a comunidade, para o povo, aquilo que é dele. É o caso de Cafundó, um espetáculo que tem 27 anos e foi composto a partir de histórias recolhidas nas visitas a estas comunidades, quilombos e áreas indígenas. Agora teremos a oportunidade de devolver estas histórias e essa riqueza cultural em forma de teatro”, observou a produtora Tati Mendes.
A circulação de espetáculos, shows, exposições e ações educativas, além de iniciativas que visem preservar manifestações da cultura popular e tradicional, bem como com a oferta de atividades artísticas em pontos estratégicos do Estado atingirão populações de 56 municípios e se traduzem em cerca de 540 ações. O investimento total do Governo de Mato Grosso, por meio da SEC, nestes três editais é de R$ 2,7 milhões.
“Todo esse processo de seleção dos projetos contemplados nestes três prêmios aconteceu de forma muito transparente”, ressaltou o secretário Leandro Carvalho. “Levar a cultura para o interior de Mato Grosso é uma das prioridades do governo, bem como uma oportunidade para os artistas divulgarem o seu trabalho e a população ter acesso à cultura do seu estado”, finalizou.
O governador Pedro Taques destacou que, hoje, cerca de 60% dos recursos da cultura são investidos no interior do Estado com projetos inovadores. “O Circula Mato Grosso, o Tradição e o Territórios estão levando as manifestações culturais em suas diversidades ao estado inteiro, não só para o eixo Cuiabá e Várzea Grande”, destacou Taques.
“Aqui nós estamos debatendo o Plano Estadual de Cultura que é uma consequência do CPF da Cultura, que foram leis que apresentamos à Assembleia Legislativa no ano passado e foram aprovadas. São leis que discutem os conselhos e formas de fomento”, completou Taques.
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