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Sábado, 02 de setembro de 2017, 21h00

Casal sudanês abre lanchonete árabe em Cuiabá em homenagem a filho que morreu de câncer


O casal Motaz Mobara Limia Ali


Limia Ali, 53, e Motaz Mobara, 54, nasceram no Sudão, mas vivem em Cuiabá há cinco anos, e não pretendem ir embora. Depois de perderem o filho Mobarak, que faleceu em decorrência de um câncer aos doze anos, em abril de 2016, eles decidiram ficar na capital mato-grossense, e abriram uma lanchonete árabe em homenagem a ele. “Tem um pedaço nosso que está aqui, não podemos sair”.

O casal veio para o Brasil pela primeira vez em 2001, para conhecer e trabalhar, pois vendiam carne brasileira em seu país. No início, decidiram se mudar para o Paraná. De lá, passaram por Campinas, Tangará da Serra, e desde 2012 moram em Cuiabá, onde, há cerca de quinze dias, inauguraram o restaurante e lanchonete ‘Mobi’.
 

Fachada do restaurante na rua General Melo

O nome é em homenagem ao filho Mobarak, que lutou durante dois anos de sua vida contra um linfoma não-hodgkin. A história do garoto ficou conhecida após a família fazer uma campanha em busca de um doador de medula óssea. Ele passou por um longo tratamento no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci), em São Paulo, onde, inclusive, escreveu um livro, mas não resistiu e faleceu.

“Trouxemos Mobarak para ser enterrado aqui, porque ele adorava Cuiabá. Antes de morrer, ele queria muito ver seus amigos e voltar para a cidade”, lembra a mãe, Limia, que hoje comanda o ‘Mobi’. Ela conta que a história do garoto vai virar também um filme, a ser lançado em breve, e que terá toda renda revertida para o Hospital de Câncer de Mato Grosso e para campanhas de doação de medula óssea.

 

 

Restaurante e Lanchonete

O espaço abriu as portas no início do mês de agosto, inicialmente como uma lanchonete. Hoje, o carro-chefe são os doces, como knef, basbousa e baglawa, e os lanches, como shaoma e falafle, tanto de carne quanto de frango, que são feitos após as 15h diariamente.

”Nós percebemos que os lugares que vendem comida árabe aqui em Cuiabá, na verdade, vendem comida só do Líbano, dizendo que é árabe. A Arábia é formada por mais de vinte e um países, e nós queremos trazer os pratos típicos de cada um”, comenta Limia.

Outro diferencial do ‘Mobi’, segundo a sudanesa, será o preço. “Os restaurantes aqui tem um preço absurdo, muito alto. Queremos que todas as pessoas tenham acesso à comida dos países árabes, que seja mais popular”, garante.

Um exemplo está no próprio preço do shaoma (também conhecido como shwarma): segundo Limia, muitos lugares vendem por R$17, enquanto no ‘Mobi’ ele sai por R$12. O knef, feito com massa de cabelo de anjo fresca e recheado com nozes ou amêndoas, custa R$4, enquanto em outros restaurantes sai por R$7 ou R$8.

O plano, agora, é abrir também um restaurante, nos fundos do terreno onde fica a lanchonete, para servir almoço e jantar. “Vamos inaugurar daqui a 30 ou 35 dias”, garante Motaz. Segundo ele, junto com os pratos – de diversos países – também serão ofertados pães e doces feitos ali mesmo. “Hoje, todos os produtos árabes vem de São Paulo. São poucos os produzidos aqui. Nós queremos abrir uma fábrica para vender doces e pães”.

O ‘Mobi’ funciona de segundaa sábado, das 7h da manhã às 22h. À partir das 15h começam a ser feitos os lanches, de carne, frango, kafta de carneiro e kafta de carne. Mais informações pelos telefones: (65) 3624-1068 / (65) 98156-7028.

Serviço

Mobi – Restaurante e Lanchonete Árabe
Av. General Mello, 252 (Em frente ao Hismet Saúde)
Funcionamento: 7h às 22h – Segunda a Sábado
Informações: (65) 3624-1068 / (65) 98156-7028. 

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