Cuiabá | MT 25/04/2024
Variedades
Sábado, 05 de junho de 2010, 10h42
Nacional

O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna, em cartaz quinta no Cine Teatro


Dividida em três atos, “O Santo e a Porca”, sob direção de Lindolfo Amaral, conta a história de Euricão Arábe, um velho avarento, devoto de Santo Antônio, que esconde em sua casa uma porca cheia de dinheiro. A farsa, do dramaturgo e escritor paraibano Ariano Suassuna, escrita em 1957, foi montada pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1958, com Cacilda Becker, Cleyde Yáconis e Ziembinski.

 

A peça, produzida por Edmilson Suassuna, promove a mistura do religioso e do profano, em que os personagens (todos muito cômicos) estão inseridos no universo e na ideologia nordestina – a peça estrutura-se em algumas técnicas de literatura de cordel e nos folguedos populares desta região do país. A avareza humana por meio de símbolos antagônicos: de um lado, a porca de barro, onde o velho Euricão (Edmilson Suassuna) guarda seu precioso dinheiro; de outro, o santo (Santo Antônio), grandemente festejado durante as festas juninas do Nordeste. A comicidade, extraída dos arquétipos perfeitamente construídos, também se ampara nos quiproquós desencadeados pelo tema do casamento da jovem filha do protagonista com um velho rico.

 

Na farsa de Suassuna, o fazendeiro Eudoro (Cesar Leite) diz a Euricão que quer roubar seu tesouro, referindo-se à filha do avarento, Margarida (Rosana Costa). Porém, a empregada Caroba (Rose Ribeiro) tenta convencer o velho de que Eudoro quer se casar é com sua irmã Benona (Anamaria Brasil), pois eles já foram noivos no passado e terminaram por uma besteira, segundo Benona. O arábe entende literalmente o roubo a seu dinheiro e trata de escondê-lo num vão do cemitério, próximo ao túmulo de sua mulher. Margarida, por sua vez, está apaixonada pelo primogênito do fazendeiro, Dodó (André Santana). Caberá a esperta criada Caroba tramar para que o casamento da jovem se realize a contento e ela própria tire proveito da situação juntamente com o seu amado Pinhão (Marcio Aislan), que é empregado do fazendeiro Eudoro Vicente.

 

Em “O Santo e a Porca”, versão brasileira do tema do avarento, Suassuna inspira-se na “Aulularia” (Comédia da Panela), de Plauto, e no “L’Avare”, de Molière, tornando-se uma moralidade ao sabor do Nordeste. O espetáculo conta com coreografias e preparação corporal de Tetê Nahas. O cenário recria com biombos o interior de uma casa do sertão nordestino. A concepção dos figurinos é de Márjorie Garrido, que também assina o projeto gráfico juntamente com Marcelo Prudente, e a execução de figurinos é de Andiára Suassuna e Maria Rita Suassuna, utilizando retalhos em todas as peças com o intuito de ornamentar as indumentárias.

 

“O Santo e a Porca” se apresentou com sucesso de público em toda a sua temporada em Aracaju/SE, Curitiba/PR, Goiânia/GO, Palmas/TO, Maceió/AL, Salvador/BA, João Pessoa/PB, Recife/PE, Natal/RN e Campo Grande/MS, contabilizando mais de 70 mil espectadores. Em 2009, o espetáculo foi selecionado pelo Programa Petrobras de Cultura, através do qual percorrerá as cidades de Manaus, Belém, São Luís, Fortaleza e Brasília ainda em 2010.

 

Em Cuiabá, “O Santo e a Porca” se apresentará no dia 10 de junho, às 20h, no Cine Teatro Cuiabá, com ingressos comercializados a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). A apresentação conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, Prosigns e SEBRAE/SE.

 

Serviço
O que? O Santo e a Porca
Quando? 10 de junho, quinta-feira, às 20h
Onde? Cine Teatro Cuiabá
Avenida Getúlio Vargas, 161 – Centro Histórico
Tel. (65) 3624-5845
Quanto? R$ 30 (inteira) – R$ 15 (meia)
 



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