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Quarta, 19 de junho de 2019, 17h35

Reitor fundador da UFMT revisita as memórias da Universidade


Dando prosseguimento ao projeto “Café, Memória e História da Extensão na UFMT”, a Universidade Federal de Mato Grosso recebeu na manhã desta quarta-feira (19), no Centro Cultural, um personagem cuja biografia está intimamente relacionada à memória da instituição: o professor Gabriel Novis Neves, reitor fundador da Universidade.

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A reitora da UFMT, professora Myrian Serra, afirmou que é uma honra receber o professor Gabriel Novis Neves para falar sobre o desafio da criação da Universidade. Sobre as lições do passado que inspiram as decisões futuras, a reitora observou que, desde a fundação, a Instituição teve uma adversidade a ser vencida. “Em cada década tivemos uma dificuldade. A da geração do professor Gabriel – e dele próprio – foi de construir um pouco do que nós temos hoje. A nossa, neste momento, é por um motivo diferente. Imagino que todos os reitores que passaram pela UFMT, e cada um à sua época, conseguiram superar esses desafios”, pontuou.
O professor Gabriel Novis Neves, que foi reitor da Universidade entre 1971 e 1982, recordou que no primeiro ano da UFMT não foi disponibilizado pelo então Ministério da Educação e Cultura um orçamento para o desenvolvimento da Universidade e, ainda assim, ela sobreviveu. “As dificuldades, por maior que sejam, são possíveis de serem vencidas e o maior exemplo é isso”, destacou.
Aos 84 anos, o reitor fundador da UFMT disse não ser saudosista. “Hoje estou fazendo um exercício muito grande de regressão e isso mexe muito com o emocional. Não posso negar que tenho um passado e nele está forte a presença da Universidade. A UFMT ocupa uma presença muito marcante na minha vida, na minha personalidade e no que sou até hoje”, definiu.


História celebrada
O Pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência, professor Fernando Tadeu de Miranda Borges, ressaltou que as atividades do projeto “Café, Memória e História da Extensão na UFMT”, promovido pela Coordenação de Extensão (Codex) é uma forma de revisitar a Universidade perto da celebração de seu cinquentenário. “Para esquentar esses 50 anos, trouxemos o reitor fundador para que ele viesse contar um pouco da história da extensão da UFMT e fazer com que os futuros profissionais abracem essa causa”, reforçou.
Uma história que, segundo o docente, é marcada fortemente, desde sua fundação, pela aproximação com a sociedade. “A UFMT nasce voltada para a comunidade. É uma Universidade aberta, sempre voltada para a população e inclusiva. Ela nasce, continua sendo assim e espero que nos outros 50 anos a UFMT esteja comemorando o alargamento dessa importância na relação social com a comunidade e a população. A UFMT vive na nossa memória e faz parte de toda nossa história”, completou.
O maestro e diretor artístico da Orquestra Sinfônica da UFMT, Fabricio Carvalho, que homenageou o reitor fundador durante a temporada do ano passado de apresentações sinfônicas, ressaltou que o evento é importante para a história da Universidade às vésperas de seu cinquentenário por resgatar o trabalho realizado por todos os participantes da criação da Universidade. “O professor Gabriel Novis Neves se confunde coma história da Universidade: foi o primeiro reitor, o reitor fundador e o reitor que convenceu o Brasil, via Brasília, da importância de uma universidade voltada para dentro do País com olhar interno. O professor Novis Neves é uma pérola da UFMT e do Brasil por ter essa dimensão do todo. É bom que ele esteja conosco e ativo para provocar essa reflexão da universidade que queremos nos próximos 50 anos. Esse olhar dele é fundamental”, finalizou.
A mesa de abertura da atividade também contou com a participação da professora Luzia Guimarães, reitora da UFMT entre 1992 e 1996 e primeira participante do “Café, Memória e História da Extensão na UFMT”, e a coordenadora de Extensão, Sandra Jung de Mattos.
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