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Turismo
Sexta, 25 de abril de 2014, 09h27

Chapada dos Guimarães: Turismo está em xeque


Empresários temem pelo futuro do turismo em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) com as constantes interdições dos pontos de visitação da cidade. Atualmente, três dos principais pontos se encontram interditados ou parcialmente fechados por riscos ambientais ou problemas com a segurança dos turistas.

Na última quarta-feira (24), a Justiça determinou a interdição do mirante do Centro Geodésico da América Latina no Parque de Chapada dos Guimarães. Conforme a decisão, o local sofre risco de desabamento e também põe em xeque a segurança dos turistas. Tanto proprietário da área, quanto as secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e de Desenvolvimento de Turismo (Sedtur) foram notificados a providenciar barreiras de acesso no local, em um prazo de 48 horas.

A Salgadeira, um dos principais complexos turísticos de Chapada, está parcialmente interditada há mais de três anos, por risco de desabamento. Diversas cachoeiras da região se encontram inacessíveis. O Portão do Inferno e o Véu da Noiva também chegaram a ser fechados por problemas semelhantes.

Segundo o administrador da Pousada Penhasco, Frank Sousa, há anos o movimento na cidade vem caindo, e este tipo de situação apenas deteriora ainda mais o turismo. Conforme ele, o município tem tudo para deslanchar, mas o descaso com os pontos e com a cidade faz com que o setor perca as esperanças. “Nós nos seguramos no turismo ecológico, mas a cidade dá até vergonha de andar. Cheia de buracos, sem sinalização, sem nada. Está parada no tempo”.

Para a fotógrafa e administradora da pousada Harmonia, Maria Anffe, apesar das interdições atrapalharem o movimento, o local estava perigoso e a visitação desenfreada só aumentava os riscos de destruição do ponto. “O mirante está abandonado, sem estrutura nenhuma e ainda tem os perigo dos assaltos”.

Conforme Maria, a região era uma das alternativas para os turistas que não podiam pagar um guia, porém a falta de sinalização não ajudava os visitantes. “O meu ultimo hospede sequer conseguiu achar o mirante. Ele foi parar na entrada de uma caverna. A placa com o informativo está destruída e como ele que não conhece a região acabou se perdendo”.

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Chapada dos Guimarães, César Oliveira, os restaurantes e pousadas tem se estruturado para melhorar o atendimento, contudo o poder público não correspondeu. “Somos sobreviventes. Apesar dos problemas os cuiabanos continuam visitando Chapada. Temos as belezas naturais e a força de vontade, mas no que dependemos do governo ficamos sem nada”.

Conforme o presidente, o governo não cumpriu o que prometeu para a região. E a cidade não está preparada para a Copa. “Nosso estado terá um legado que ninguém mais vai querer voltar.”

TURISMO – Para a turismóloga e agente de viagens, Amanda Maciel, as interdições desgastam ainda mais a parca imagem do município. Segundo ela, três pontos centrais têm prejudicado o desenvolvimento da região, estrutura, problemas ambientais e falta de fomento. Somente se os três forem revistos a situação irá melhorar. “Como produto, Mato Grosso e principalmente Chapada não são mais vendáveis. O turista chega aqui, mas não tem o que fazer. Chapada carece de estrutura, para receber o público e os principais pontos estão fechados. Eu mesmo não ofereço mais pacotes de viagens para a cidade.”

Segundo Amanda, o setor criou uma expectativa com a chegada da Copa do Mundo, mas como nada foi realizado até agora o pessimismo voltou a crescer. “Falta mobilidade, falta estrutura, falta opção. Se não melhorou com a Copa, quando é que vai melhorar?”

(Diário de Cuiabá)




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