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Sábado, 01 de janeiro de 2005, 00h00

Cooperativa de Mato Grosso ganha prêmio nacional


Nesta segunda-feira (12), uma instituição de Mato Grosso estará entre os vencedores do Prêmio Chico Mendes, promovido pela Secretaria da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente. A Cooperativa de Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia (Cooperagrepa) ficou em primeiro lugar na categoria negócios sustentáveis. O prêmio será entregue em Brasília, durante a II Conferência Nacional do Meio Ambiente.

Para o presidente da Cooperagrepa, Domingos Jarí Vargas, “é motivo de honra receber o primeiro lugar especialmente porque foi na categoria negócios sustentáveis. A premiação traz uma visibilidade enorme para a cooperativa em todo o Brasil”, ressalta. O prêmio, criado em 2002, tem como objetivo identificar experiências relevantes e difundi-las com o propósito de despertar a população para a preservação e recuperação ambiental. Podem participar pessoas físicas e jurídicas, com ou sem fins lucrativos, e instituições de pesquisas públicas e privadas. Na edição 2005, concorreram 68 candidatos com trabalhos nas categorias liderança individual, associação comunitária, organização não-governamental, negócios sustentáveis, ciência e tecnologia, arte e cultura.

Ao anunciar os premiados, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva ressaltou que a iniciativa valoriza os trabalhos voltados para a conservação da Amazônia, divulga ações e estimula outras instituições e comunidades a seguir o mesmo caminho. Formada por agricultores familiares e agroextrativistas de dez municípios do Norte de Mato Grosso, a Cooperagrepa, criada em 2003, é fruto do envolvimento dos seus integrantes no Projeto Vida Rural Sustentável, implantado pelo Sebrae em MT em parceria com o governo do Estado, prefeituras dos dez municípios, entre outras entidades.

As 300 famílias cooperadas são organizadas em condomínios de produção adotando o modelo de produção agroecológico que permite, além da preservação ambiental, a produção de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, adubos químicos, queimadas, desmatamentos e monocultivos. A Cooperagrepa promove ações voltadas para a organização social, produção agroecológica certificada, agregação de valor e comercialização, inclusive no exterior, a partir da adoção de tecnologias de produção de bases sustentáveis.

O projeto vem se apresentando como uma excelente alternativa de renda para as populações locais, possibilitando a preservação e conservação ambiental da região, sem falar na melhoria da qualidade de vida das famílias envolvidas.

Domingos ressalta ainda que, do ponto de vista comercial, a premiação amplia a visibilidade para os produtos no mercado de orgânicos. Dentre os produtos disponíveis para a comercialização, destacam-se o guaraná em pó, castanha-do-brasil, mel, café, melado, açúcar mascavo, rapadura, frango, suínos, caprinos, pães, doces, leite, frutas e hortaliças.

Alguns desses produtos têm sido levados a grandes feiras nacionais e internacionais, como a Biofach América Latina e Biofach Alemanha, atraindo consumidores na Áustria, Alemanha, Holanda, Coréia e Japão. Neste ano, foram comercializadas para esses países 24 toneladas de castanha-do-brasil, 14 de guaraná, 146 de açúcar mascavo e 35 de café. Internamente, o primeiro mercado potencial surgiu a partir da implementação do programa Merenda Escolar, criado em parceria com o Sebrae e o governo do Estado, que garantiu a aquisição dos produtos orgânicos pelas escolas, creches, hospitais e abrigos de todos os municípios do território, atendendo cerca de 25 mil alunos de escolas e nove creches.

A consolidação desses mercados tem influenciado de forma relevante a vida dos agricultores. Calcula-se que as vendas têm proporcionado um incremento de um salário mínimo na renda de cada família, ou seja, um acréscimo de 15%, reforçando significativo avanço na melhoria da qualidade de vida, promovendo inclusão social, gerando renda e emprego. Além disso, contribui de maneira relevante nos avanço dos padrões de produção de baixo impacto ambiental, uso e manejo sustentável dos recursos naturais, possibilitando o desenvolvimento e implementação de alternativas econômicas sustentáveis.

Os primeiros lugares das demais categorias são: Liderança Individual: Adenilza Mesquita Vieira – Sila – Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Amazônico (AM); Associação Comunitária: Associação de Moradores do Riozinho do Afrisio (PA); Organização Não-governamental – Fundação Vitória Amazônica (AM); Ciência e Tecnologia – Luciano Carlos Tavares Marques – Embrapa – Belém/PA; e Arte e Cultura – Marlui Nóbrega Miranda (SP).



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