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Geral
Sábado, 01 de janeiro de 2005, 00h00

Mercado potencial e com demanda


Marlon Arraes Jardim Leal, representante do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, abriu o ciclo de palestras destacando as ações do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. “Temos grande potencial e demanda para produzirmos o biodiesel que é uma matriz energética renovável, exemplo e modelo para o mundo”, destacou Leal.

Ao passar alguns números sobre a atual realidade desta cadeia produtiva em formação, o palestrante reconheceu a importância que foi o Governo Federal ter antecipado as ações para o setor do biodiesel. “Se não fosse este regime autorizativo as usinas estariam aquém da capacidade de produção, haveria a falta de atrativos para se investir no setor e a dificuldade para atrair investimentos, mas tudo isto mudou em função desta antecipação e que a partir de 2008 já teremos 2% de mistura de biodiesel ao óleo diesel”.

Atualmente 15 Estados estão com projetos de investimentos em usinas de biodiesel representando uma capacidade de produção em torno de 1.8 bilhão de litros por ano. Nesta primeira fase do programa a projeção de consumo do B-2 será de 800 milhões de litros, portanto, com reserva de produção estimada em 1 bilhão de litros.

Leal lembrou que Mato Grosso está na frente nesta corrida quanto à organização da cadeia produtiva e potencial de produção. “Mato Grosso vai produzir algo em torno de 23 milhões de litros este ano e para 2007 esta capacidade está projetada para alcançar os 120 milhões de litros”.
Existem no Estado pelo menos duas usinas com capacidade de produzir cada uma 57 milhões de litros, uma está em Barra do Bugres e a outra em Lucas do Rio Verde, regiões tradicionais na produção da soja que será a principal matéria-prima para o biodiesel nacional.

H-BIO da Petrobras

Também na apresentação do palestrante houve a explicação do uso que foi iniciado pela Petrobras da tecnologia do H-Bio que é um insumo que não vai concorrer com o biodiesel. Conforme explicou Leal, o H-BIO é um processo de hidrogenação (refino) entre a mistura do diesel com o óleo vegetal.

Na interpretação do professor Evandro Dall’oglio, o H-BIO não vai afetar em nada o mercado dos fornecedores de matérias-primas para o biodiesel, pelo contrário, a Petrobras já deveria ter feito isto muito antes. Segundo informou Alexandre Golemo, coordenador de projetos e pesquisas da Fapemat, o Estado tem feito importantes investimentos em pesquisa, experimentações e testes de campo, antecipando estudos e análises com o biocombustível B-20 (20% de mistura de biodiesel). “Em parceria com a Finep captamos R$ 400 mil em recursos para pesquisas, com esta maior concentração de biodiesel, no qual estamos fazendo caracterização, estudo de emissões de gases e opacidade, testes de desempenho mecânico e de motorização e testes de campo”.

Conforme considerou Golemo, Mato Grosso se orgulha em estar antecipando ações neste setor e por ter uma das maiores reservas agrícolas para a produção de grãos. Por exemplo, para os 800 milhões de litros de B-2, segundo cálculos do Ministério de Minas e Energia, necessário haver 1,4 bilhão de hectares de área de produção agrícola, montante de terras na qual MT tem capacidade para atender grande parte desta demanda.


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