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Quarta, 08 de abril de 2009, 16h51

Eduardo Campos pede apoio na política de incentivos para o Nordeste


Não pode ser feito isso [isenções de impostos] sem conversar com os governadores, sem conversar com os prefeitos, sem fazer contas, sem dizer quanto é que vai ser o impacto.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, voltou a criticar a política de incentivos da equipe econômica do Governo Federal durante o lançamento de programa voltado para incentivar o turismo no interior do Estado, nesta quarta-feira (8/4). Para Eduardo, faltam benefícios destinados a cadeia econômica do Nordeste, região onde a maioria dos estados e municípios são extremamente dependentes dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).

Se há a necessidade de apoiar a indústria automobilística, o setor de motos lá da Zona Franca de Manaus, se é possível e é necessário [apoiar] esse setor de linha branca, tudo bem. Agora não pode ser feito isso sem conversar com os governadores, sem conversar com os prefeitos, sem fazer contas, sem dizer quanto é que vai ser o impacto. Até agora, eu desconheço uma redução de IPI que tenha favorecido uma indústria importante do Nordeste, a não ser a Ford, na Bahia, disparou.

Ele aconselhou a equipe econômica a seguir o exemplo do presidente Lula, que toma suas decisões levando em consideração as características econômicas de cada canto do Brasil. A indústria canavieira está com a folha dos seus funcionários atrasada, por exemplo. E eu não posso calar diante disso, achar que isso é normal. É preciso que a gente tenha, pelo menos, a oportunidade de dialogar, de falar. Eu estou fazendo meu papel de governador do Estado, reclamou.

Eduardo afirmou sentir-se à vontade para criticar o Governo Federal, na posição de aliado do presidente Lula e disse que amigo é aquele que diz as coisas na hora certa: Nós não podemos dizer que o Brasil está emprestando R$ 10 bilhões ao FMI e que os municípios estão sem conseguir pagar a sua folha, a merenda da escola ou as contrapartidas do PAC. Eu digo isso porque, ninguém mais nesse Estado, teve o papel de ser aliado correto do presidente da República do que eu.

Para o governador, a política de redução do IPI em alguns setores em detrimento da capacidade de investimentos dos estados e municípios não funciona: É como cobrir a cabeça e deixar os pés de fora. É cobrir um santo e descobrir outro, comparou, para depois completar: Dr. Guido Mantega precisa ouvir os reclamos do Norte e Nordeste do Brasil, onde o setor público é fundamental na geração de empregos. Se hoje o Estado é fundamental para salvar bancos nos Estados Unidos, salvar bancos na União Européia, é mais importante ainda nas regiões Norte e no Nordeste brasileiro. Para vocês terem uma idéia, 70% do orçamento do investimento fiscal no Brasil é feito pelos municípios e pelos estados. São praças, saneamentos, pequenos conjuntos habitacionais, escolas que geram emprego e oportunidades de trabalho, explicou.

Eduardo lembrou que, excetuando Bahia e Pernambuco, os outros sete estados nordestinos têm no FPE sua principal fonte de arrecadação: Eu não posso ver os estados do Nordeste, que têm sido ajudados pelo Governo do presidente Lula e que tem ajudado o Governo dele também, irem perdendo completamente a sua capacidade de investir e ficar calado, finalizou.


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