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Quinta, 18 de junho de 2009, 17h33

Programa quer tirar MT da liderança em gravidez precoce


Mato Grosso lidera o ranking de gravidez precoce no Brasil. A informação é da secretária do Grupo Gestor Estadual (GGE) do programa Saúde e Prevenção nas Escolas, Angélica Garcia de Souza. Ela expôs as ações e dificuldades do programa na 7ª reunião ordinária da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa. O presidente da comissão, deputado estadual Alexandre Cesar (PT) e o membro, deputado Hermínio J. Barreto (PR), afirmaram que lutarão para garantir recursos no orçamento do Estado para a continuidade do funcionamento do programa que atua na prevenção da gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), Aids e uso de drogas nas escolas.

O programa Saúde e Prevenção nas Escolas foi criado pelo governo federal e funciona em parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação. Em Mato Grosso ele foi adotado em 2005 pela Secretarias de Estado de Educação e Saúde (Seduc e SES), atuando na capacitação de professores e jovens multiplicadores de informações sobre drogas, DSTs e Aids nas escolas. Parceiros como as ONGs Livre-mente, Cufa, o Sintep, a UFMT, Univag, entre outros, têm ajudado nesta multiplicação.
Neste ano o programa vai capacitar multiplicadores em 24 municípios de Mato Grosso. Para justificar a importância de trabalhar os temas da gravidez, drogas e DSTs com a juventude, Angélica de Souza mostrou um levantamento feito pela UNESCO/MS. Em 2005 havia 869,201 jovens do Estado, entre 10 a 24 anos, correspondendo a 31% da população. A faixa etária é considerada vulnerável às DSTs e Aids, visto que a cada ano, estima-se que 4 mil jovens se tornam sexualmente ativos no Brasil. Em Cuiabá a idade média de iniciação sexual é de 13,9 anos para os meninos e 15,7 anos para as meninas.

Entre 1980 e 2004, 15,2% dos casos de Aids notificados foram em menores de 24 anos, com um total de 55.060 indivíduos. A transmissão sexual da AIDS continua sendo o maior meio de contaminação em 59,3% dos casos entre pessoas de 13 a 24 anos. O segundo maior meio de transmissão é via sanguínea com 31%, sendo que, destes, 94,3% é devido ao uso de drogas injetáveis.

Conforme a secretária do GGE do programa Saúde e Prevenção nas Escolas, os grêmios têm sido grandes parceiros não apenas para divulgar as informações do programa como também para a valorização do jovem. “Muitas vezes os jovens não se dão o devido valor porque estão desesperançados quanto ao futuro, mas nos grêmios eles aprendem que podem ser protagonistas de mudanças na sociedade e na própria história de vida”, afirmou Angélica de Souza.

Para fortalecer os grêmios nas escolas Angélica afirmou que os multiplicadores informam os estudantes da legislação que favorece a juventude, dentre elas está a Lei Estadual nº 8.801, de 8 de janeiro de 2008, de autoria do deputado estadual Alexandre Cesar, que concede direito à livre organização aos grêmios estudantis, centros acadêmicos, diretórios acadêmicos e diretórios centrais de estudantes.

Para o presidente da ONG Livre-mente, Clóvis Arantes, o programa Saúde e Prevenção nas Escolas deve ser perpetuado e não parar de atuar com futuras mudanças de governo. “O programa é imprescindível porque traz para a escola tudo aquilo que o professor não aprendeu a abordar quando estudou na faculdade. É um currículo invisível que está presente no pátio, corredores e banheiros das escolas, através das conversas dos alunos sobre drogas e namoros, mas que precisa vir para a sala de aula. É preciso orientá-los sobre o planejamento familiar, o uso das drogas e as doenças sexualmente transmissíveis”, ponderou.


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