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Geral
Quinta, 21 de dezembro de 2017, 14h13

Jovens mães sonham com casa própria e retorno aos estudos


“Nós sabemos que tem famílias que precisam desse carinho e dessa atenção”. A frase da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Sacre de Campos, durante a entrega da segunda remessa de cartões Pró-família em Várzea Grande, traduz um pouco da necessidade das pessoas menos favorecidas. São cidadãos comuns que lutam por seus sonhos, mesmo que pareçam impossíveis.

A historia de Patrícia Aparecida Pompeu é uma delas. Jovem de 23 anos, solteira, mãe de três crianças, de 5 e 2 anos, e uma de apenas dois meses, moradora do bairro José Carlos Guimarães, em Várzea Grande. O dinheiro do cartão Pró-Família será totalmente revertido para a alimentação dos filhos. “Às vezes pego dinheiro emprestado para comprar leite, não trabalho fora. Mas tenho bastante curso, meus sonhos não estão mortos não. Tenho força, tenho garra para conseguir. Quero crescer, não quero continuar assim pelo resta da minha vida”, declarou Patrícia, enquanto aconchegava carinhosamente a filha no colo e aquietava o outro de dois anos. Ela não recebe pensão alimentícia de nenhuma das crianças - são de pais diferentes.

Por enquanto, a jovem vai se virando fazendo unhas (manicure) e arrumando o cabelo das clientes que foi conquistando com seu jeito alegre e espontânio.

Patrícia é a típica mãe de família que sobrevive com muito sacrifício. Ela pensava em ser aeromoça e até chegou a entrar no curso que a capacitaria para a função, mas teve que abandonar o sonho quando engravidou pela terceira vez. “Desisti do sonho de ser aeromoça por que não fico longe dos meus filhos. Mas, vou fazer faculdade em Segurança do Trabalho”, disse em tom de determinação.

Ela mora com a mãe, em uma casa do programa Minha Casa Minha Vida e outros dois irmãos portadores de necessidades especiais (cadeirantes), com os quais divide o quarto. A família ainda tem o avô que sofre com esquizofrenia.

Apesar da pouca idade, Patrícia tem experiência e otimismo para ensinar um segredo que faz a diferença. “Se você pensa em dificuldades, não consegue sair do lugar. Tem que correr em busca das oportunidades”, frisou, sem perder a esperança de um dia também conquistar a sua casa. Para isso se inscreveu no Programa Minha Casa Minha Vida, aguardando ser contemplada.

Realidade

Camila do Carmo Rondon é outro exemplo. Com 21 anos e um filho de um ano e quatro meses, ela mora na casa da avó, que ainda não é aposentada, no bairro Jardim Guanabara, em Várzea Grande. Com o cartão Pró-família vai comprar mais alimentos. “Meu filho é tudo pra mim. Claro que as coisas mudaram muito depois que ele chegou. Ainda não terminei o Ensino Médio, mas quero terminar e cursar faculdade de Direito. Vou arrumar um emprego e batalhar por isso”, garantiu.

Capacitação ela busca sempre. Tem diversos cursos inclusive pelo Senai, mas enfrenta dificuldades no mercado. Situação a qual atribui por ser mãe. “É muito difícil quando se tem filhos pequenos. Parece que as portas se fecham”, frisou.

A jovem também luta por uma casa própria, pelo programa social Minha Casa Minha Vida, pois sonha com a independência. Ela é a filha mais velha de uma família de 10 irmãos, o caçula da turma tem apenas 5 anos.

Pró-família

Na quarta-feira (20.12) foram entregues mais de 740 cartões Pró-família em Várzea Grande. Na primeira vez o programa do Governo do Estado entregou 400. O valor estipulado no cartão é de R$ 100, parece pouco, mas faz uma grande diferença na vida das pessoas.

“Só o sentimento do governador Pedro Taques para entender e fazer chegar até essas pessoas que mais precisam”, destacou a prefeita de Várzea Grande.

Segundo o governador, todo mundo já passou por dificuldades pelo menos uma vez na vida, por isso ele defende a iniciativa. “Não vamos acabar com esse programa, apesar de receber muitas críticas. E vocês, agentes comunitários de saúde vão nos ajudar a chegar a essas famílias”, disse o governador, ao se referir aos 103 agentes de saúde que atuam em Várzea Grande.

 




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