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Quinta, 08 de março de 2018, 12h02

Protagonismo feminino fortalece o trabalho da Setas


Foto: Jana Pessôa
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O Dia Internacional da Mulher, comemorado neste 8 de março, celebra as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres. Atualmente, a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT) é a única pasta do estado comandada por uma mulher, e a presença delas é ainda mais representativa quando olhamos a secretaria por dentro.

De acordo com dados da Coordenadoria de Gestão de Pessoas da secretaria, aproximadamente 70% do quadro de servidores é formado por mulheres. Além disso, duas das três secretaria adjuntas da Setas são ocupadas por mulheres e a maioria dos cargos de superintendência, coordenadoria e gerência de setores também. E elas garantem que presença tão marcante das mulheres na Setas reflete diretamente nos resultados positivos apresentados à sociedade.

A Setas por elas

 

Segundo a secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social Monica Camolezi, a baixa ocupação em cargos públicos de mulheres não passa apenas pela ação de líderes políticos pra “inglês ver”, como já se viu em alguns governos criando secretarias cargos nomenclaturas e nomeações de mulheres no alto escalão. Passa pela mudança da cultura formativa e a base econômica e inserção da mulher no mercado de trabalho. "Só vamos alcançar isso com políticas verdadeiras de inclusão social, transferência de renda e mudança do processo educativo que é misógino."

"A política é machista pelo fato da sociedade ser machista, e não vamos mudar isso pondo cotas de mulheres 30% nas chapas eleitorais ou lançar mulheres “laranjas” como dizem no modelo de políticas afirmativas e reparatórias, seguindo o modelo americano. A discriminação no Brasil em relação a mulher, tal qual o racismo, é assunto velado sorrateiro não dito silencioso. O problema está na base, precisamos buscar políticas educacionais que tenham outros valores de gênero e de inclusão social e de verdadeira distribuição igualitária de renda", disse a secretária Monica Camolezi.

Neste sentido, a secretária defende que o Governo do Estado tem papel fundamental com ações específicas que deêm oportunidade à inclusão feminina por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar, Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Educação, Secretaria de na agricultura familiar Seaf, na Sedec, na Seduc, Secitec, Unemat, Desenvolve MT, além da repressão implacável contra a violência feitas pelas Secretarias de Segurança, Justiça e Direitos Humanos.

"Quanto ao protagonismo feminino na Setas, é prova que todas mulheres desta secretaria não estamos aqui a passeio. Cada uma aqui ao seu modo e ações buscamos a ampliação da participação das mulheres através das nossas ações diárias frente à administração pública. Sinal de respeito ao espaço das mulheres é que eu sou a primeira mulher que trata desta política neste Estado, nesta secretaria, que não sou esposa do Governador", enfatizou.

A titular da pasta defende que é necessário sair do movimento de mulheres e ser mulheres em movimento. "Cada uma fazendo sua parte ao invés de esperar que os poderes públicos o façam por nós.Rosa Parks, costureira, mulher negra do estado do Alabama, nos Estados Unidos, em 1955 acabou com a segregação nos ônibus onde tinha assentos para negros e brancos quando não aceitou se levantar pra um branco sentar. Sua iniciativa solitária e corajosa desencadeou um boicote nacional contra os ônibus e de sua atitude mudou as leis de seu país e inspira até hoje o mundo. Precisamos de milhões de Rosa Parks que se levantam todos os dias contra a opressão feminina.

 

Para a atual secretária adjunta de Assistência Social da Setas, Marilê Cordeiro, o quadro da Setas reflete o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho. Ela afirma que esse reconhecimento só foi conquistado por meio de gerações que lutaram pela igualdade de gêneros.

“O Dia Internacional da Mulher é de muita reflexão das lutas de uma vida inteira para ter os nossos direitos políticos, econômicos e sociais conquistados e garantidos. Nos dias atuais continua sendo um desafio para nós mulheres ocuparmos os espaços de poder, liderança e política, sou muito grata ao governador Pedro Taques e à secretária Mônica por confiar a mim a responsabilidade de assumir a secretaria adjunta de Assistência Social”, disse.

Marilê destaca ainda a importância da representatividade feminina.“É muito gratificante ver uma mulher da assistência social como a Mônica, competente e comprometida com as suas causas sociais, no comando de uma secretaria de estado. Isso nos faz crescer. Além disso, a sua sensibilidade de mulher, mãe e profissional ajuda nos resultados para uma sociedade mais justa e igualitária”, completou Marilê Cordeiro.

A secretária adjunta de Trabalho e Cidadaniada Setas, Roseane Andrade, fala da importância da conquista da autonomia econômica das mulheres. “A porcentagem de mulher hoje na Setas e no mercado de trabalho como um todo, mostra a força e habilidade que a mulher tem para resolver problemas, conciliar a vida em casa e ainda ser destaque no trabalho. As mulheres da Setas têm realizado um trabalho lindo, gratificante e com ótimos resultados”, disse Roseane.

A superintendente da Família e Serviços Socioassistenciaisda Setas, Miranir Januário de Oliveira, celebra as conquistas e o protagonismo feminino na secretaria, mas reconhece que ainda há muito o que avançar na sociedade em geral.

 

“A secretaria de assistência ganha muito com esta representação feminina, até por nós exercermos múltiplas funções e habilidades. A mulher é naturalmente comprometida com o social e historicamente luta pelos seus ideais e seus direitos. Conquistamos muito até o momento mais acredito que ainda podemos e devemos avançar na questão de cargos estratégicos no espaço público que são importantes para a construção da nossa sociedade brasileira”.

Já a coordenadora estadual do Programa Pró-Família, Jennifer Nesnik Jerônimo, reforça a relevância da expressiva participação das mulheres na construção as políticas sociais.

 

“A nossa secretaria tem mais da metade do quadro composto pro mulheres. Estes dados mostram que as mulheres, além de estarem engajadas na questão profissional, estão à frente das lutas sociais. Esse olhar sensível é fundamental para as políticas que trabalham com as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Além de tudo é altamente gratificante desenvolver esse papel com excelência frente à sociedade, sabendo conciliar sua família com sua profissão”, concluiu Jennifer.




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