Cuiabá | MT 29/03/2024
Geral
Terça, 18 de setembro de 2001, 15h37

Medicina Nuclear


Desde julho de 1980, o Instituto de Medicina Nuclear ( IMN ) tem como propósito colocar à disposição da sociedade mato-grossense todos os recursos desta área da Medicina com a mesma qualidade daquela que é praticada nas grandes capitais do país. Vinte e um anos após sua chegada a Cuiabá o médico especialista em Medicina Nuclear, doutor Paulo Eduardo Assi, relembra as dificuldades enfrentadas mas comemora os avanços do setor. Cita como por exemplo, que mesmo com a chegada de outras técnicas diagnósticas, no caso do ultra-som, da tomografia computadorizada e da ressonância nuclear magnética, a Medicina Nuclear - além de manter o seu lugar como especialidade avançou muito nesta última década.
O médico destaca que Medicina Nuclear é uma especialidade médica que utiliza pequenas quantidades de substâncias radioativas para diagnosticar as doenças. “Os exames de Medicina Nuclear, que são denominados de cintilografias, são seguros, indolores e não invasivos, com níveis de radiação extremamente baixos, se comparados com outros métodos radiológicos similares” – enfatiza.
Por sua vez, o médico Waldyr de Paula Liberato Júnior, também especialista em Medicina Nuclear, observa que a força da especialidade “baseia-se na capacidade de mostrar o estado funcional de determinado órgão ou sistema”.
Maior auxilio na cardiologia
O rápido desenvolvimento e o sucesso das várias modalidades terapêuticas em Cardiologia valorizaram particularmente os métodos diagnósticos que permitem a detecção precoce e o controle evolutivo e assíduo das doenças cardíacas. Os procedimentos de Medicina Nuclear, se caracterizam por essas propriedades, e vêem seu campo de ação ampliar-se diariamente na clínica cardiológica, ponto de reconhecimento para a cardiologista doutora Fátima De Marqui Moraes. Para ela “a Medicina Nuclear contribui muito com os cardiologistas, principalmente com a Cintilografia de Perfusão do Miocárdio, que é capaz de identificar pacientes portadores de coronariopatias, cujos recursos são sofisticados e complementam a ergometria convencional” .
No caso de um teste ergométrico convencional duvidoso, a cintilografia miocárdica permite detectar se existe ou não isquemia (falta de sangue nas coronárias), antecipando desta forma as providências que deverão ser tomadas no intuito de se evitar um possível infarto. “O profissional médico precisa do máximo de precisão em seus diagnósticos e é isso que tenho sempre encontrado na Medicina Nuclear”, afirma Fátima De Marqui, complementando que no acompanhamento de pacientes sabidamente portadores de coronariopatias - quer em tratamento clínico ou após cirurgia ou nos que são submetidos a angioplastia a opção da Cintilografia de Perfusão Miocárdica, além de ser um procedimento não-invasivo e seguro possui um grande valor na avaliação prognóstica da doença coronariana.
Pediatria/Uronefrologia - Através da Cintilografia Renal Estática (DMSA) e da Dinâmica (DTPA), é possível obter informações sobre a morfologia e função renal, assim como se diagnosticar obstruções das vias urinárias ou detectar refluxo vésico-ureteral. É possível ainda com os estudos cintilográficos renais diagnosticar pacientes portadores de Hipertensão Reno-Vascular e de se avaliar os transplantes renais. Na área de pediatria, a Medicina Nuclear realiza exames seguros, onde à exposição a radiação é significativamente menor do que os estudos radiológicos, onde o doutor Paulo Assi chama a especial atenção para a capacidade que tais cintilografias possuem no diagnóstico precoce do comprometimento renal por infecções urinárias em crianças. “ O pediatra pode antecipar o tratamento e prevenir problemas, como a insuficiência renal crônica ou hipertensão arterial que poderiam se manifestar na adolescência, ou na fase adulta.”
A cintilografia para a pesquisa do refluxo gastro-esofágico (RGE) é também um exame de grande utilidade na Pediatria, pois permite avaliar a freqüência, duração e extensão dos episódios de refluxo e pode identificar também a existência ou não de aspiração pulmonar. A principal vantagem é reproduzir as condições em que o RGE ocorre, além de ter uma grande sensibilidade e não ser agressivo (dispensa o uso de sonda ou cateteres).
Dosagens Hormonais - O Instituto de Medicina Nuclear realiza ainda exames “in vitro” (dosagens hormonais e marcadores tumorais) e provas funcionais endócrinas com as mais avançadas tecnologias, garantindo alta precisão e sensibilidade, apresentando rapidez na entrega de resultados ao médico. “A qualidade é prioridade em nosso serviço e particularmente nas dosagens hormonais e dos Marcadores Tumorais” - afirma Paulo Assi. “Este conceito se manifesta através da precisão e exatidão dos resultados fornecidos, a entrega dos exames em tempo útil e de um laudo, que além de ser compreensível oferece ao médico que requisitou o exame todas as informações que considera essenciais.”
Terapia - Adicionalmente à habilidade de diagnóstico de anormalidades, a Medicina Nuclear pode ser utilizada na terapia de certas doenças. As indicações mais comuns são as disfunções da Tireóide como o Hipertireoidismo (Doença de Graves, Doença de Plummer), Câncer da Tireóide, o bócio multinodular atóxico de grande volume e o alívio da dor óssea de origem metástatica. “O material radioativo utilizado tende a se concentrar numa determinada parte e não se difundir pelo corpo. Por exemplo , o iodo-radioativo se concentra na Tireóide e o fosfato, nos ossos. Isto é importante, pois é o órgão- alvo que deve ser tratado, e não o resto do corpo”, comenta Waldyr Liberato.

Atuação mais ampla
em outras áreas
“Com segurança, diz Waldir Liberato, a cintilografia óssea investiga casos de dores ósseas maldefinidas e avalia o sistema músculo-esquelético, permitindo estudos sobre dores na bacia, dores lombares, problemas de coluna que muitas vezes podem passar desapercebidos ao raios x; assim como detectar artrites, osteomielite e até câncer ósseo, possibilitando às áreas de ortopedia, reumatologia e oncologia, uma opção diagnóstica de baixo custo e grande sensibilidade.
Na especialidade da neuro-psiquiatria, a Medicina Nuclear apresenta novidades que permitem através da cintilografia de perfusão cerebral avaliar distúrbios da circulação cerebral, epilepsia e distúrbios da memória.
Uma outra aplicação que está revolucionando a oncologia é a Linfocintilografia para a pesquisa do Linfonodo Sentinela, que indica o caminho de disseminação linfática do câncer. “Você consegue prever por onde o câncer iria se alastrar. E isso ajuda bastante numa cirurgia oncológica favorecendo o tratamento do paciente, reduzindo o tempo operatório,” diz Waldyr, “ressaltando que em Cuiabá já são realizados estes exames.
“Tecnologia, qualidade, precisão e atendimento são referências que o Instituto de Medicina Nuclear – IMN – incorporou nestes 21 anos de atuação em Cuiabá”, destaca Paulo Assi, enfatizando que além de atender a população mato-grossense, muitos serviços são prestados para estados vizinhos, como Rondônia, Acre e sul do Pará. “Quem utiliza-se da Medicina Nuclear, com certeza tem maior retaguarda e segurança nos diagnósticos” – conclui.


Busca



Enquete

O Governo de MT começou a implantar o BRT entre VG e Cuiabá. Na sua opinião:

Será mais prático que o VLT
Vai resolver o problema do transporte público.
É uma alternativa temporaria.
  Resultado
Facebook Twitter Google+ RSS
Logo_azado

Plantão News.com.br - 2009 Todos os Direitos Reservados.

email:redacao@plantaonews.com.br / Fone: (65) 98431-3114