Ministério da Saúde emite nota sobre meningite no RJ

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Em relação aos casos de meningites registrados no Rio de Janeiro, a partir de abril deste ano, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, emitiu sexta-feira, dia 19, nota oficial onde esclarece:

Os recentes casos de meningites registrados no Rio de Janeiro não configuram uma epidemia, em razão do número de ocorrências detectadas e dos casos não estarem concentrados em uma área geográfica específica, como um determinado bairro, por exemplo. As meningites causadas por meningococos ocorrem em todo o mundo, sendo normal o aumento da transmissão no inverno.

As melhores armas para reduzir a gravidade da doença e evitar sua disseminação são o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a realização de quimioprofilaxia com antibiótico nas pessoas que tiveram contato direto com o doente. Essas medidas já vêm sendo adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

Não existe, ainda, vacina capaz de proteger de forma efetiva contra todos os sorogrupos que podem produzir meningites, já que a enfermidade tem diversos agentes etiológicos (vírus, bactérias e fungos) com características, gravidade e formas de prevenção e controle completamente diferentes.

As vacinas atualmente existentes são específicas para cada um dos sorogrupos, fornecem proteção bastante fugaz e não são efetivas em crianças menores de 5 anos, exatamente a faixa etária mais susceptível.

A única meningite bacteriana que pode ser prevenida por meio de vacinação é a causada pelo Haemophilus Influenzae tipo B. Essa vacina está disponível na rede pública de saúde para menores de um ano de idade, de acordo com o esquema básico de vacinação.

A divulgação de que existem vacinas capazes de prevenir a ocorrência de meningite meningocócica por todos os sorogrupos existentes é falsa e, possivelmente, destinada a aproveitar a natural preocupação dos pais para alcançar objetivos financeiros.

Em uma situação de surto, a Funasa/MS fornece a vacina específica para o sorogrupo circulante, a exemplo do que ocorreu em 2001, quando a vacina contra a meningite C foi utilizada em municípios de Santa Catarina e Alagoas.

Justamente para evitar a disseminação de doenças preveníveis por vacina, a Funasa mantém permanentemente um estoque estratégico suficiente de imunizantes para atender qualquer necessidade.