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Domingo, 13 de outubro de 2002, 17h53

Médicos vão debater a própria saúde mental e os piores planos


Profissionais de Cuiabá vão aproveitar a Semana do Médico, entre os dias 14 e 18, para abrir discussões sobre os problemas relacionados à profissão, entre os quais condições de saúde e trabalho e a qualidade dos serviços oferecidos à comunidade.

No dia 17, quinta-feira, os profissionais vão conhecer o resultado de uma pesquisa feita em nível nacional sobre a saúde mental do médico. O estudo desenvolvido pela médica Déborah Mônica de Matos será apresentado durante palestra, às 19h30, no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM).

Para dia 18, sexta-feira, está previsto o lançamento de uma pesquisa que apontaria “os piores planos de saúde”. Há uma pesquisa nacional sobre esse tema, mas como os números de Mato Grosso não apareceram o Sindicato dos Médicos (Sindimed) decidiu promovê-la por conta própria no estado.

Antonio Claret, diretor de Formação e Relações Sindicais, acha que o momento não é de comemorações, mas reflexões sobre o que está acontecendo no setor. “Não temos o que festejar por causa da situação”, lamentou Claret. Na saúde pública de Cuiabá, a médica Otília Maria Teófilo, membro da mesma diretoria sindical, denunciou a inversão do papel legal do sistema.

Conforme Otília, enquanto a legislação determinada que a saúde privada seja uma complementação da pública, no município representaria 70% dos serviços. “Os recursos do SUS estão sendo gastos com serviços terceirizados, comprados das instituições particulares”, reforçou ela, lembrando que isso ocorre desde os exames mais simples às internações.

Já o médico Hudson Marcelo da Costa, membro da Secretaria de Imprensa, Divulgação e Assuntos Sociais do Sindimed, disse que em Cuiabá menos de 10% dos cerca de R$ 6 milhões que chegam mensalmente são aplicados na atenção básica – atendimentos nos postos e ações preventivas. A maior parcela vai para à medicina curativa. É por isso, conforme Costa, que o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá é a principal porta de entrada dos usuários.

Lúcio Frank Mendes Cabral, também da Secretaria de Imprensa, anunciou a abertura de duas linhas de enfrentamento dos problemas do setor. A primeira seria a mobilização dos profissionais de todas as áreas e níveis no sentido de reivindicar condições de trabalho e melhorias salariais. A segunda visa apresentar críticas sempre acompanhadas de propostas de solução. (AA)


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