Quarta, 25 de dezembro de 2002, 11h19
Taxistas criticam provável aumento da gasolina
A influência do aumento dos combustíveis nos preços em geral é uma das característica destes produtos. No entanto, alguns setores sentem de maneira mais direta e automática essa disparada de preços, como o serviço de táxi. Para nós é terrível mais um aumento. Além de absorvermos, com isso, acréscimo em nosso custo de trabalho, ainda há queda em nosso movimento, que chega a registrar 20% de redução, afirma o presidente do Sindicato dos Taxistas de Cuiabá, Edito Santana.
O motivo para a retração é que muitos consumidores que recebem a notícia do aumento da gasolina acabam evitando de utilizar o serviço de táxis, por temerem aumento de tarifa. Toda vez que o combustível aumenta o número de corridas que consigo é menor, pois, as pessoas acreditam que iremos aumentar nosso preço. Mas isso não acontece e, além de ter um custo ainda maior, ainda fico com um número menor de clientes, revela o taxista Josias Pereira Paiva, que atua na área há mais de 15 anos, na Capital.
Segundo cálculos do sindicato da categoria o gasto com combustível já chega na média de 45% do faturamento do serviço.
De acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), divulgado na sexta-feira, a gasolina teve uma elevação de 12,69% nos últimos três meses em seu preço médio no País. Os reajustes foram anunciados nas últimas sextas-feiras em outubro e novembro, depois de a gasolina, diesel e o GLP - produtos que têm impacto direto no índice de inflação ao consumidor - terem seus preços congelados por três meses, durante as eleições.