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Quinta, 09 de janeiro de 2003, 11h49

Pesquisa mostra que empresas vigiam uso da internet


A vigilância e o controle que as companhias exercem sobre o uso que seus funcionários fazem da Internet e do correio eletrônico estão sendo reforçados nos últimos meses. A conclusão é de uma pesquisa realizada pelo centro de investigação ebcenter PwC&IESE.

De acordo com o estudo, 77% das companhias consultadas reconhecem ter políticas de segurança e controle de uso da Internet, enquanto 78,1% asseguram haver estabelecido políticas para controlar o uso do correio eletrônico.

Joan Fontrodona, professor do IESE, explica que as razões que justificam as políticas de controle nas empresas são assegurar a produtividade dos empregados e a eficiência econômica, a prevenção dos riscos e o cumprimento das exigências legais.

Lei do consentimento

A normativa sobre a proteção de dados exige garantias da segurança do sistema de informática, a fim de evitar a fuga de informações consideradas sigilosas pela empresa. Além disso, a Lei de Serviços para a Sociedade da Informação - LSSI, aprovada no dia 12 de outubro, proíbe o envio de mensagens a pessoas que não dêem seu consentimento expresso de recebê-las.

Javier Ribas, sócio da LandwellPwC, explica que enquanto antes era completamente natural que os empregados enviassem mensagens eletrônicas informando clientes sobre os produtos da companhia, agora, de acordo com a LSSI, a prática é ilegal se não se tem o consentimento expresso dos destinatários. Então, diz o executivo, é mais necessário do que nunca que as empresas controlem o uso do e-mail.

Por outro lado, as empresas têm legitimidade para estabelecer controles que evitem a entrada de vírus e conteúdos prejudiciais por meio do correio eletrônico.

Invasão de privacidade

A pesquisa revelou, ainda, que 45,1% das empresas entrevistadas supervisiona o uso da Internet pelos empregados, enquanto 24,2% vigia a utilização do correio eletrônico. Fontrodona assegura que se controla mais a internet porque, tecnicamente, é mais fácil ver quais páginas estão sendo visitadas pelos empregados do que analisar o conteúdo de um e-mail. Além disso, vigiar o correio eletrônico dá a sensação de uma maior invasão de privacidade, explica ele.

É, precisamente, o direito a privacidade que gera conflitos no momento de conciliar a proteção da intimidade com o direito que as empresas têm de estabelecer sistemas de controle para vigiar de que forma seus empregados dedicam seu tempo em proveito da companhia.


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