Terça, 21 de janeiro de 2003, 10h59
Posto com promoção tem dono procurado pela polícia em MS
Na matéria de capa do jornal Folha do Estado, de hoje, sob o título Postos desrespeitam Justiça e insistem com o cartel, a reportagem da destaque para o fato do Posto Nova Década, antigo Coringão, estar vendendo a gasolina a R$ 2,30. O gerente do posto, Dalvan Cruz, afirmava que a referida margem do lucro era pequena. Ganhamos pouco, mas vendemos mais disse.
Contudo, o responsável não revela detalhes sobre a contabilidade do empreendimento. Sou apenas o gerente, todo o cálculo de venda e lucro é feito em Campo Grande (MS), mas acredito que o balanço é positivo, afirmou à reportagem do jornal.
A resposta para o fato, entretanto, pode estar ligada à máteria veiculada pelo site Campo Grande News sob o título Máfia do combustível: ação fecha postos e retém produtos, do último sábado. Leia a matéria:
Uma ação do Gaeco (Grupo de Apoio de Ação contra o Crime Organizado) lacrou dois postos de gasolina em Campo Grande, apreendeu dois caminhões-tanques e uma carreta carregados com combustível e teria resultado na prisão de pelo menos cinco pessoas.
O grupo, que investiga a chamada máfia do combustível adulterado, apura a procedência da gasolina, que seria trazida do Paraguai para o Estado, e vendida bem mais barato que o preço do mercado. Os dois postos fechados em Campo Grande, PetroRádio, na Rua Spipe Calarge, e o Corujinha, na avenida Marechal Deodoro, estavam na lista dos menores preços da cidade, o que aumentou as desconfianças sobre a procedência dos produtos.
A ação envolveu Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, integrantes do MPE e também da Secretaria Estadual de Receita e Controle . Além do crime de adulteração do produto, também está sendo investigada a sonegação de impostos.
A reportagem cita ainda que o empresário João Deoni da Silve é procurado por envolvimento. Ele é o mesmo proprietário do posto citado pela reportagem da Folha do Estado, em Cuiabá.