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Quarta, 16 de abril de 2003, 15h14

Mato Grosso se prepara para ser pólo do vestuário


O mercado da moda mundial movimenta anualmente US$ 200 bilhões, sendo um dos setores industriais que mais geram empregos no mundo. O Brasil tem um grande futuro neste setor, através do seu moderno parque industrial têxtil/confecção, estilistas e modelos reconhecidos mundialmente. Em todo país são 30 mil indústrias têxteis e de confecção, gerando 1,45 milhões de empregos - sendo 1 milhão de mulheres – com faturamento de US$ 22,7 bilhões em 2002.

A cada ano, o segmento procura melhorar seus produtos através da qualificação de profissionais, tecidos com qualidade internacional, design e estilo acompanhando tendências internacionais, produção e negócios da moda especializados.

Em Mato Grosso - o maior produtor de algodão do Brasil - os números das indústrias de confecção são menores, mas no que se refere à busca pela qualidade e produtividade, não difere do que acontece no resto do Brasil. Os empresários das indústrias da moda no estado, preocupados com a necessidade de melhoria na qualidade, no estilo, design e nos processos de produção, estarão se reunindo dia 16 (quarta-feira), na Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), para desenvolver um plano estratégico para o setor, por meio de ações na capacitação de empresários e colaboradores, e assim, qualificar a moda regional para a economia globalizada e, principalmente, colocar Mato Grosso como futuro pólo de vestuário.

O Estado possui 200 micro e pequenas indústrias de confecção, gerando 3.000 empregos diretos e produzindo seis milhões de peças/ano. Segundo levantamento preliminar do setor, 60% das indústrias confeccionam uniformes profissionais, escolares e camisetas. Outros 20% produzem moda social masculina e feminina; e as demais confeccionam modinha, infantil, lingeries, moda praia.

A empresária Rosely Márcia Zeferino Dias, da Zaffir Collection, que atua com 25 funcionários na produção de moda jovem, confirma a falta de profissionais qualificados para contratação na área de produção – operadores de máquinas e encarregado – e, também, estilistas e modelistas. “O setor de Confecção é um dos que mais geram emprego por capital investido. A cada dois mil reais em média, se gera um emprego e 90% são mulheres com média de idade de 30 anos, as quais não teria chance de trabalho em outros segmentos da economia”, diz a empresária confirmando o vestuário como um setor estratégico para geração de emprego. “Com esse trabalho em conjunto dos empresários do setor, um dos objetivos é o estudo para a formação de um consórcio de exportação com a Moda Regional”, completa.

Já o distribuidor de máquinas industriais para confecção, empresário Samuel Matos, diz que o setor em Cuiabá, tem tudo para crescer e acredita que o trabalho em conjunto – empresários, governo, municípios e outros parceiros - fará com que tudo se desenvolva mais rápido, gerando emprego e renda para o estado.
O Governo do Estado de Mato Grosso tem incentivos e benefícios fiscais para o setor através do Proalmat, e o município de Cuiabá também tem o incentivo do Prodec que apoia as micro e pequenas indústrias.

A reunião que vai discutir a moda no Estado e seus caminhos, vai contar com a participação do empresário sul-mato-grossense José Francisco Veloso Ribeiro, consultor em gestão da indústria da confecção e associativismo. “Desta forma, ações de desenvolvimento para o setor dependem muito do interesse dos empresários - como será proposto - e o estímulo a prática do trabalho em associativismo com apoio das entidades parceiras de Mato Grosso”, explica. Na oportunidade, será apresentada uma proposta de desenvolvimento estratégico para o setor.

Projeto similar vem sendo desenvolvido desde 1999 em Mato Grosso do Sul, através de parcerias entre a Federação das Indústrias, Senai/MS, Sebrae/MS, Abit, Apex-Brasil, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e alguns municípios com excelentes resultados e, o mais importante, registrando um crescimento médio de 20% ao ano. Entre as ações desenvolvidas, o Consórcio Pantanal Fashion Export, é o resultado da união de empresas que já exportam para a Europa e vem participando de inúmeras feiras de moda com resultado bastante expressivo.


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