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Sábado, 30 de agosto de 2003, 10h38

Tarifas e combustíveis mais caros


Preparem-se para desembolsar mais dinheiro com gasolina, botijão de gás e luz. As previsões de aumento dos preços desses produtos constam na ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central que na semana passada reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 24,5% para 22% ao ano. Mesmo com o cenário de elevação de preços, a ata do Copom mostra que o governo está otimista em relação ao controle da inflação. Com a política monetária calibrada para cumprir as metas, os diretores do BC, chefiados por Henrique Meirelles, querem reduzir a taxa de juros real do país. Um das alternativas para atingir o objetivo, já que a inflação acumulada em 12 meses está caindo, é a manutenção do corte da Selic.

- Em períodos de transição, como o atual, cabe à autoridade monetária estabelecer uma trajetória para a taxa de juros básica que permita a convergência gradativa da estrutura de taxas de juros reais para aquela que vigorará a médio prazo, de forma a garantir que a inflação se aproxime das metas com a menor volatilidade possível no produto - informou o documento do Copom.

Segundo o Comitê, a alta do dólar fez com que a previsão de aumento do preço da gasolina para este ano subisse de 0,1% para 4,9%. Também acompanharam o movimento a estimativa de reajuste do botijão de gás, que subiu de 2,3% para 5,8%, e das tarifas de energia elétrica residencial, de 21% para 22,3%. Apenas a projeção da telefonia fixa não apresentou alteração e ficou em 25,5% para 2003. Considerando as hipóteses, que incluem manutenção dos juros em 22% ao ano e taxa de câmbio de R$ 3, as projeções de inflação estão acima da meta ajustada de 8,5% para 2003 e abaixo da meta de 5,5% para 2004.

Em agosto, a perspectiva do BC é de que os índices de inflação mantenham relativa estabilidade. Mesmo com a depreciação cambial ocorrida desde a última reunião do Copom em julho, ainda há espaço para que a deflação dos preços no atacado contribua para a manutenção da inflação ao consumidor em patamares baixos, mesmo num cenário de retomada da atividade.

Ao reduzir os juros em 2,5 pontos percentuais, o Copom também considerou o nível de atividade econômica, que segue em queda.

- De forma geral, não se trata propriamente de quadro recessivo na atividade econômica, uma vez que a desaceleração não é generalizada e algumas atividades importantes, como agricultura e setores ligados à exportação, vêm apresentando elevadas taxas de crescimento - registrou a ata.

A economista Maristella Ansanelli, da Consultoria Tendências, destacou o otimismo do BC ao explicar a queda da Selic. Para ela, os diretores do banco registraram sinais de que a retomada do crescimento não deve pressionar a inflação, já que o nível de atividade está baixo e a capacidade ociosa alta, o que reduz a margem de repasse


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