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Sábado, 04 de outubro de 2003, 13h02

Fiemt denuncia prejuízo de R$ 200 mi para madeireiras


Com anúncio de um prejuízo de cerca de R$ 200 milhões durante este ano, em função da não comercialização de madeiras e seus produtos, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) promete dar seqüência ao embate travado junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Mais uma vez, a Federação se queixa da falta de Autorizações para o Transporte de Produto Florestal (ATPF), necessária para o trânsito da madeira retirada da mata (ATPF de entrada) e necessária para transportar o produto beneficiado (ATPF de saída). Vai haver demissão em massa no setor, se nada for feito para reverter este quadro, ameaça a Federação.

Durante uma entrevista coletiva realizada ontem, o presidente da Federação, Nereu Pasini, representantes do setor e o deputado federal Ricarte de Freitas, anunciaram, que a falta de autorizações e a morosidade na aprovação de projetos de manejo por parte do Ibama, serão assuntos de uma audiência, ainda sem data definida, com o Ministro da Casa Civil, José Dirceu.

O gerente executivo do Ibama, em Cuiabá, Hugo José Scheuer Werle, explica que desde abril, quando assumiu o cargo, tem empreendido uma forte fiscalização junto ao setor, principalmente na região de Sinop (a 503 quilômetros de Cuiabá).

De fato, Sinop ficou desabastecida por dois dias de autorizações. As acusações são infundadas, a verdade é que antes havia o costume de se pegar várias ATPF´s de uma só vez, por falta de controle. Atualmente, é feita uma vistoria de pátio, onde comparamos o material comercializado, o que foi extraído da mata e o que de fato é estoque da madeireira. Dessa equação é que determina-se o número de ATPF´s que serão entregues, explica Werle.

Pasini completa dizendo que apenas 30% da demanda por ATPF´s está sendo atendidas, o que reduz o trabalhos das empresas.

Quanto à ameaça de demissão em massa no setor, principalmente na região Norte e Noroeste do Estado - onde a atividade predomina -, Werle argumenta que há algo errado quando a boa condução ambiental implica em demissões. O gerente indaga ainda sobre o efeitos do desmatamento sem critérios. Algumas cidade de Rondônia, por exemplo, entraram em decadência em função do processo de retirada em massa de madeira em tora. É isso que se quer para o Estado?.

A acusação de que de o Ibama está demorando a liberar projetos de manejo florestal, o que segundo a Fiemt vem estrangulando a atividade extrativista em pelo menos 28 municípios de Mato Grosso, Werle rebate argumentando sobre as falhas que são detectadas. Não há como liberar planos de manejo e autorização de desmatamento que contenham falhas, principalmente se a área em questão for de preservação permanente (APP), como já ocorreu no passado. Nosso arrocho só está começando.


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