Quinta, 27 de novembro de 2003, 00h30
Petrobras lucra mais que Coca-Cola e igual a Microsoft
Com ganho de US$ 1,848 bilhão, a Petrobras ocupa a 12º posição no ranking das companhias mais lucrativas do continente americano no terceiro trimestre, elaborado pela consultoria Economática.
De julho a setembro, a estatal brasileira de petróleo lucrou mais que gigantes dos EUA como Procter & Gamble (16º com US$ 1,76 bilhão), Intel (18º com US$ 1,65 bilhão), JPMorgan Chase (19º com US$ 1,62 bilhão), Coca-Cola (23º com US$ 1,22 bilhão), Pepsi (28º com US$ 1 bilhão) e Merrill Lynch (29º com US$ 1,03 bilhão).
Para se ter idéia, lideram o ranking o Citigroup (US$ 4,691 bilhões), Exxon Mobil (US$ 3,650 bilhões), General Electric (US$ 3,649 bilhões), Bank of America (US$ 2,922 bilhões). Estão um pouco acima da Petrobras corporações como Microsoft (10º com US$ 2,041 bilhões) e Chevron Texaco (11º com US$ 1,975 bilhão).
Fabricante do Viagra, a americana Pfizer aparece em 8º lugar com lucro de US$ 2,235 bilhões, acima da Johnson & Johnson (9º com lucro de US$ 2,071 bilhões).
A Economática analisou o resultado de 1.900 empresas em oito mercados (EUA, México, Peru, Chile, Colômbia, Venezuela, Brasil e Argentina). Só 30 desse total apresentaram lucro acima de US$ 1 bilhão.
Entre os cem maiores lucros, aparecem três empresas brasileiras (Petrobras, Vale do Rio Doce e Eletrobrás), uma argentina (YPF) e uma mexicana (Telmex).
Em reais, o lucro trimestral da Petrobras somou R$ 5,361 bilhões. No acumulado do ano (nove meses), a estatal bateu novo recorde histórico de lucro, totalizando R$ 14,774 bilhões, quase três vezes o obtido no mesmo período do ano passado.
O lucro recorde foi consequência do aumento da produção e da valorização no preço do barril do petróleo no mercado internacional, combinado à ausência de reduções de preço nos combustíveis nesse período.
Segundo estudos já divulgados, o preço da gasolina, por exemplo, estaria cerca de 10% acima daquele cobrado no mercado internacional. Também pesou o menor impacto cambial na dívida da empresa, com o recuo do dólar nos últimos meses.
Da FolhaNews