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Domingo, 25 de abril de 2004, 17h53

Madeireiros de Sinop oferecem 5% de reajuste salarial


5% sobre os salários pagos até abril deste ano. Este foi o reajuste que setor madeireiro ofereceu aos trabalhadores. A decisão foi tomada hoje de manhã, durante reunião da comissão formada para discutir o assunto. Números que ficaram bem abaixo do proposto pela categoria que foi de 17,5%. Américo Pértile, superintendente do Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso), disse que a comissão discutiu amplamente a situação do setor e chegou ao limite dos 5%. “O setor passa por uma situação muito difícil. Os madeireiros estão enfrentando dificuldades em conseguir liberação de documentos, até mesmo o mercado está fraco, não se consegue vender nada”, justificou o percentual. “No ano passado demos um aumento bom para o setor, quase chegamos ao que eles queriam. Então, este ano pedimos a compreensão dos trabalhadores e entendam a nossa situação”, assinalou.

Américo ressaltou também que 2003 foi um ano difícil para o setor que trabalhou no vermelho e que em 2004 não está sendo diferente. Situação que está ainda pior devido ao entrave na liberação de documentos de projetos de manejo. “Estamos na esperança de dias melhores e que o governo libere os projetos de manejo que estão parados, pois o madeireiro está sem poder trabalhar, e possa voltar a sua vida normal”, ressaltou. “Não vamos dizer que não se possa ter uma nova conversa, mas no momento não há como oferecer mais”, salientou ao se referir numa possível negociação futura de valores maiores.

O superintendente destacou que, embora o sindicato saiba da situação do setor, a realidade que os madeireiros enfrentam foi discutida durante a reunião com a participação de empresários -que não fazem parte da diretoria- que expuseram a realidade vivida pelo setor e o que poderia pagar evitando demissões. “Mesmo sem condições os madeireiros estão mantendo seu quadro de funcionários para não ter um problema social ainda maior”, destacou ao se referir da possibilidade de desemprego aumentar caso não haja reação do mercado. “Não queremos ver nossos funcionários na rua, por isso estamos oferecendo 5%, pois é isso que o setor vai poder pagar. De nada vai adiantar dar um aumento maior e depois ter que demitir, pois não agüenta a folha de pagamento”, destacou. “Esperamos que o mercado melhore para podermos abrir mais vagas de trabalho e não fecha-las”, finalizou.

A pauta com a contraproposta, segundo Pértile, foi entregue no final da manhã de hoje ao Siticom (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Construção Civil e do Mobiliário) representante da categoria. Agora o Sindusmad está esperando o sindicato para começar as negociações.


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