Sexta, 06 de agosto de 2004, 10h49
Vale do Rio Doce impõe preço baixo da energia para investir em MS
O diretor-presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, vem a Campo Grande no final do mês para apresentar proposta ao governador do Estado para instalar uma redutora de minério de ferro no futuro pólo gás-químico Brasil-Bolívia em Corumbá, além da expansão da Ferro Ligas na região. A empresa de mineração oficializou o interesse de investimento em MS durante reunião com o governador José Orcírio dos Santos, na manhã de ontem no Rio de Janeiro.
Segundo o senador Delcídio do Amaral, que esteve presente, as únicas exigências da Vale ao Estado foram a manutenção do preço do gás natural entre US$ 1,04 e US$ 1,07 por milhão de BTUS e a energia até US$ 25 por hora. “Com isso você tem um preço competitivo para redução do minério de ferro. Uma das hipóteses, inclusive, é a possibilidade de a própria Termopantanal atender a este projeto da Vale do Rio Doce”, disse Delcídio. Segundo ele, a importância dos novos investimentos da Vale em Mato Grosso do Sul – hoje ela mantém em Corumbá a Urucum Mineração, a terceira maior empresa de mineração da região Centro-Oeste – é tanto de caráter econômico como estrutural. “Por causa do ICMS da comercialização do gás e da energia, a arrecadação do Estado cresce e o projeto gera empregos. Além disso, agrega valor à matéria-prima bruta e você viabiliza a infra-estrutura logística de transporte para escoamento da produção, utilizando a ferrovia, estradas e a hidrovia”, explicou.