Carne exportação: deputado critica ausência do governo federal

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O deputado Zeca D’Ávila (PFL) se declarou preocupado com a visita da missão européia que fará uma auditagem vistoriando frigoríficos, propriedades, lojas de produtos veterinários e unidades do Instituto de Defesa Agropecuária para verificar todo a cadeia produtiva da carne que é exportada in natura para o Mercado Comum Europeu.

Segundo ele, os locais a serem visitados inspiram preocupação porque são áreas complexas por fazerem fronteira com Estados ou países que ainda não controlam a febre aftosa e podem prejudicar Mato Grosso.

A missão européia chega dia 30 e visitará, entre 1 e 6 de setembro, os municípios de Guarantã do Norte (divisa com Pará), Colniza (divisa com Amazonas), e Pontes e Lacerda e Porto Esperidião, na divisa com a Bolívia. “Todas regiões de fronteira bastante complexas”, frisou o deputado.

D’Ávila explicou que são dois os motivos que deixam Mato Grosso em maior dificuldade. Um deles seria a falta de cumprimento, por parte do governo federal, de acordos para a defesa animal e vegetal. A União não tem destinado os recursos necessários para esse trabalho. Outro problema é a falta de controle adequado da febre aftosa em assentamentos e aldeias indígenas. Nesse caso também outra questão de responsabilidade do governo federal, através do Incra e da Funai.

O parlamentar, que também é pecuarista, representante da classe e um dos organizadores do trabalho que levou Mato Grosso a ser considerado Estado livre da febre aftosa com vacinação desde 2001, ressaltou que esse alerta vem sendo feito por ele há tempos.

De acordo com D’Ávila, se houver focos de aftosa por conta de ingerência do Incra e da Funai, o setor pecuarista será penalizado com a perda de 10 anos de trabalho e muito dinheiro investido na área. “Vamos ter que começar tudo de novo no que diz respeito à aftosa”, pontuou o pefelista.