Cuiabá | MT 29/03/2024
Justiça e Direito
Terça, 21 de março de 2017, 13h00

Delegada denuncia tenente Izadora Ledur por tortura e castigo


Foto Reprodução
Izadora Leduz Dechamps foi indiciada pela polícia por praticar intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo

Redação

A tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps foi indiciada pelo crime de tortura castigo no inquérito policial que apurou as circunstâncias da morte do aluno do curso de formação para soldados do Corpo de Bombeiros Militar Rodrigo Patrício Lima Claro, 21 anos, ocorrida no dia 15 de novembro de 2016. Ele passou mal durante aula prática, no dia 10 de novembro, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

No inquérito encaminhado à Sétima Vara Criminal de Cuiabá, nesta terça-feira (21.03), a delegada Juliana Chiquito Palhares, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), enquadrou a indiciada pelo crime previsto no artigo 1º, Inciso II, da Lei 9.455/1997 (submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo).

Conforme a laudo de necropsia da Politec e oitiva do médico neurocirurgião, a causa da morte do aluno foi em decorrência de uma hemorragia cerebral, não havendo assim ligação com fatores externos, que poderiam apontar o nexo de causalidade entre a conduta da oficial e o resultado da morte do aluno.

A investigação também não observou a vontade dos demais instrutores em aderir à ação da tenente. Mais de 50 pessoas entre alunos, instrutores, especialista e médicos foram ouvidos pela autoridade policial.

Familiares e amigos fizeram uma campanha no Facebook cobrando punição

Inquérito policial militar

No inquérito policial militar (IPM), realizado pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros, a tenente Izadora Ledur foi responsabilizada pelo crime de maus tratos por expor a vida ou a saúde de outrem em situação de risco. O IPM também responsabilizou o tenente-coronel Licínio Ramalho Tavares e tenente-coronel Marcelo Augusto Carvalho, por crime contra o dever funcional, ao não propiciar as condições de segurança do treinamento. O inquérito militar já foi remetido ao Ministério Público Militar.

Também foi aberto um processo administrativo disciplinar contra a tenente. Neste caso, caso seja considerada culpada, a punição vai desde advertência até a expulsão da corporação. 

 




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