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Justiça e Direito
Terça, 25 de abril de 2017, 17h33

TAC entre MPE e Governo para implantação de parque está em fase final


O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Governo de Mato Grosso e o Ministério Público Estadual (MPE) para a implantação do Parque Estadual Serra de Ricardo Franco deve estar pronto até a sexta-feira (28.04). A unidade de conservação estadual foi criada em 1997, tem 158 mil hectares, e está localizada em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a Oeste da Capital), na fronteira com a Bolívia.

Entre as ações que o documento propõe, estão: elaboração do plano de normatização do uso público do local, regularização fundiária, sinalização do entorno do parque, realização de atividades de fiscalização, criação de um conselho consultivo, entre outras. A execução do plano está sendo construída desde fevereiro deste ano, por meio de um termo de acordo judicial sugerido pela Procuradoria Geral do Estado (PGE-MT) ao MPE. O plano fixado conterá um cronograma com prazos de execução.

Conforme o secretário de Estado de Meio Ambiente e vice-governador, Carlos Fávaro, as tratativas para a implementação definitiva do parque já vêm ocorrendo desde o início deste ano, paralelamente à questão judicial ou mesmo ao decreto da Assembleia Legislativa (ALMT). “Por entender a importância desta unidade de conservação para o estado e para a região, tivemos uma postura proativa e, junto com a PGE, fomos até o Ministério Público propor um plano para a sua implantação”.

Ele frisa que o parque sempre esteve na agenda de melhorias da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), e a única discordância com o MPE era em relação aos prazos de execução das ações. “São 20 anos de inércia, não temos como realizar a execução do cronograma em tão curto espaço de tempo, e é justamente esse detalhamento que estamos fazendo com os promotores”.

Uma das exigências feitas pela ação civil pública n° 642-31.2015.811.0077, de fevereiro de 2016, de autoria da Promotoria de Justiça de Vila Bela da Santíssima Trindade, estava a elaboração de um plano de manejo em oito meses. Para o procurador geral do Estado, Rogério Gallo, isso era impossível de ser feito, por ser tratar de um serviço técnico que leva em média dois anos para ficar pronto.

“A decisão obtida pela PGE suspendendo a liminar que obrigava o Estado a implantar a unidade de conservação teve o objetivo de discutir as ações do plano sem ter que pagar uma multa diária de R$ 100 mil. E é o que estamos fazendo, com um bom desdobramento e prazos exequíveis de serem cobrados, inclusive, pelo Ministério Público”, afirma o procurador geral.

As equipes técnicas da Sema e da PGE estiveram, na tarde desta segunda-feira (24.04), na sede do MPE, para finalizar o detalhamento do plano de ações. Esta foi a terceira reunião sobre o tema. Para a promotora de Vila Bela da Santíssima Trindade, Regiane Soares Aguiar, o saldo é positivo, com a previsão de o TAC estar pronto até o final desta semana. “A efetivação do parque é um desafio, mas estamos chegando a um consenso que trará muitos benefícios à população do estado”.

A reunião também contou com a participação do procurador de Justiça da Procuradoria Especializada de Defesa Ambiental e de Ordem Urbanística do MPE, Luiz Alberto Scaloppe, do assessor chefe da Sema, Rodrigo Quintana Fernandes, do superintendente de Biodiversidade da Sema, Helton Silveira, da coordenadora de Unidades de Conservação (Cuco), Paula Andrade, e do subprocurador do Meio Ambiente, Cláudio José de Assis Filho.

Sobre o parque

O Parque Estadual Serra de Ricardo Franco foi criado por meio do Decreto Estadual nº 1.796/97 e abriga um dos mais ricos ecossistemas do estado, com áreas de transição entre a Amazônia, Cerrado e o Pantanal, concentrando alto grau de diversidade biológica. Ele forma um mosaico com o Parque Nacional Noel Kaempf Mercado, da Bolívia, e possui o maior potencial turístico do estado.

A Unidade de Conservação possui ambientes de floresta com árvores de grande e pequeno porte e de Cerrado, que ocupa a maior parte da sua área, além de ambientes de Pantanal ao longo do Rio Guaporé. Algumas espécies encontradas dentro dos limites do parque estão em risco de extinção, como por exemplo, a lontra, a ariranha, o boto cinza e o boto cor de rosa. 




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